Publicado 30/07/2023 22:23
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), por meio da 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca da Capital, manteve a prisão preventiva de Jeferson Tepedino Carvalho, o Feijão, de 34 anos. A audiência de custódia foi realizada na tarde deste domingo (30). Feijão é apontado como dos homens de confiança e segurança do bicheiro Rogério de Andrade e foi preso na sexta-feira (28) durante uma blitz na Rodovia Washington Luiz, a BR-040, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Na decisão, foi destacado que não cabe ao juízo em sede de audiência de custódia a revisão sobre decisão da prisão preventiva. "O mandado de prisão está dentro do prazo de validade, não havendo notícias de que a atual prisão seja ilegal. Assim, considerando que este juízo não possui competência revisional", escreveu a juíza Priscilla Macuco Ferreira.
Jeferson foi levado para a Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, em Bangu 1, na Zona Oeste do Rio, onde vai aguardar o julgamento. Feijão é investigado pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio (MPRJ) por ser gestor de casas de jogos de azar e atuar como segurança de Andrade. Segundo a denúncia, Jeferson além de atuar na expansão e controle territorial na exploração de jogos ilícitos e na arrecadação e lavagem de dinheiro, também era responsável por oferecer vantangens indevidas à policiais militares e civis para impedirem ou atrasarem ações que afetassem as atividades ilícitas do grupo.
"Feijão desempenha relevante papel no contexto criminoso organizado exercendo múltiplas atividades, das quais destaca-se a segurança e a coordenação da rotina do líder da malta, trabalhando pessoalmente em seu escritório principal, bem como exercendo a administração e a gestão de territórios dominados com a finalidade de exploração de jogos de azar, o que ocorre diretamente vinculado com a prática de atos de corrupção e de lavagem de capitais", aponta a denúncia.
O criminoso, que é apontado como elo direto com o bicheiro, ainda aparece como assistente administrativo nas empresas Rai Boat Charter Serviços Turísticos Ltda e Rai Holding Participações Societárias Ltda, das quais Rogério e Gustavo são sócios diretores. De acordo com as investigações do Gaeco, ambas são utilizadas pela organização criminosa para lavagem de capitais e gestão dos negócios e recursos ilícitos.
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