Publicado 06/08/2023 13:31
Rio - Um idoso de 66 anos morreu após ser atropelado no bairro de Paciência, na Zona Oeste do Rio, no último dia 31. O motorista responsável pelo atropelamento deixou o local sem prestar socorro a Luís Antônio Aleluia, que teve traumatismo craniano e não resistiu. Familiares da vítima agora lutam para encontrar o motorista.
"É uma dor fora do comum. Ainda estamos na procura desse condutor do veículo que estava em alta velocidade. Estamos buscando testemunhas, alguém que queira comparecer (na delegacia). O condutor foge sem prestar nenhum tipo de atendimento. É muito, muito triste para nós da família", desabafou Luciano Aleluia dos Santos, 26 anos, sobrinho da vítima.
Câmeras de segurança flagraram o momento do acidente, por volta das 3h30, em uma rua movimentada da região. O idoso atravessa a via pouco a frente da faixa de pedestre quando um carro de cor escura se aproxima em alta velocidade. É possível ver que uma mulher está em pé no veículo, com parte do corpo para fora do teto solar.
Após a colisão, um grupo com cerca de 15 pessoas se aproxima para ajudar Luís Antônio. O motorista, no entanto, foge do local sem prestar socorro.
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A mulher de Luís Antônio estranhou a demora dele para chegar em casa. Por volta das 5h, ela ligou para o celular do marido, mas foi atendida por um inspetor da Polícia Civil, que comunicou a morte e pediu para que ela buscasse os objetos pessoais da vítima. A ocorrência foi registrada na 36ª DP (Santa Cruz).
"Minha tia foi ao local do acidente e fez a confirmação do corpo. Ela entrou em desespero total, entrou em estado de choque. Na delegacia, nos falaram que não houve testemunha e, por isso, não haveria perícia. Sendo que, quando minha tia chegou no local, disseram que teria perícia. Nossa família está muito abalada. Queremos achar o culpado, não estamos conseguindo dormir. Só queremos Justiça", disse Luciano.
A família divulgou as imagens do carro nas redes sociais com objetivo de encontrar testemunhas. Uma mulher, então, afirmou que havia presenciado o acidente. "Não deu tempo de anotar a placa, foi muito rápido. Quando fomos ver, ele já estava indo embora. O desgraçado estava muito alcoolizado, com mulheres no carro. Logo após o acidente, ele ameaçou parar, mas alguém falou para ele ir embora ele foi", comentou.
Luís Antônio foi enterrado ainda na segunda-feira, dia 31, em Campo Grande, na Zona Oeste. O sobrinho conta que ele era uma pessoa querida na área onde morava.
"Meu tio era uma pessoa maravilhosa. Onde ele passava, brincava com as pessoas. Todo mundo do bairro conhece ele, o famoso Tonho. É uma dor que estamos carregando. Até porque não achamos o condutor do veículo. Isso é o que mais dói na gente", lamentou.
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