Ex-PM Douglas Roberto Vital Machado publicou vídeo da farda em chamasReprodução / Redes sociais
Publicado 23/08/2023 17:17
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Rio - O ex-policial militar Douglas Roberto Vital Machado, condenado pelo homicídio e desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo Dias de Souza, publicou um vídeo queimando a farda da corporação na madrugada desta quarta-feira (23). Horas antes, na tarde de terça, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu aumentar a pena do ex-soldado de 11 anos e seis meses para 13 anos e seis meses.
Em vídeo publicado nas redes sociais logo após a decisão, ele afirma que venderá os estabelecimentos que passou a administrar depois de ficar preso por sete anos. Além disso, revelou que deve se mudar do Rio de Janeiro e tentará levar uma vida "em anonimato".
Além de Douglas, sete PMs tiveram a pena aumentada, em decisão unânime, pelo assassinato ocorrido na Rocinha, na Zona Sul do Rio, em 2013. São eles: o major Edson Raimundo dos Santos, comandante da UPP Rocinha na época, o tenente Luiz Felipe de Medeiros, então subcomandante da UPP, e os soldados Marlon Reis, Felipe Maia, Wellington da Silva, Anderson Maia e Jorge Luiz Coelho.
De acordo com o STJ, a decisão deu um provimento parcial ao recurso do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). O colegiado considerou como circunstâncias que autorizam o aumento das sanções a repercussão internacional do crime e o fato de que corpo ainda não foi encontrado após dez anos de desaparecimento.
"O caso do desaparecimento de Amarildo de Souza se tornou notório em decorrência da gravidade concreta do fato, que configurou um emblemático episódio de violência policial contra integrante da população preta e periférica do Rio de Janeiro, a provocar abalos sociais não apenas na comunidade local como também no país e na comunidade internacional", afirmou o relator, ministro Rogerio Schietti Cruz.
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