Publicado 28/08/2023 13:54
Rio- O Centro Cultural Banco do Brasil, no Centro do Rio, receberá uma exposição gratuita com cerca de 160 fotagrafias de Evandro Teixeira a partir de quarta-feira (30). A mostra reúne registros em preto e branco feitos pelo consagrado fotojornalista durante o golpe militar no Chile, em 1973.
A exposição também exibe imagens capturadas durante a ditadura militar no Brasil, além de trazer trechos de filmes que retratam os conflitos, como "Setembro chileno", de Bruno Moet, e "Brasil, relato de uma tortura", de Haskell Wexler e Saul Landau. A mostra "Evandro Teixeira, Chile, 1973" disponibiliza, ainda, livros, e outros objetos, como máquinas fotográficas e crachás de imprensa.
A exposição também exibe imagens capturadas durante a ditadura militar no Brasil, além de trazer trechos de filmes que retratam os conflitos, como "Setembro chileno", de Bruno Moet, e "Brasil, relato de uma tortura", de Haskell Wexler e Saul Landau. A mostra "Evandro Teixeira, Chile, 1973" disponibiliza, ainda, livros, e outros objetos, como máquinas fotográficas e crachás de imprensa.
O baiano Evandro Teixeira, de 87 anos, fez sua carreira jornalística no Rio e teve importante passagem pelo "Jornal do Brasil", além de outros veículos. Ele esteve no Chile em setembro de 1973 , quando conseguiu ser o único fotojornalista a registrar o poeta Pablo Neruda logo após a sua morte, ainda no hospital.
"Estou lá, rondando o hospital, e de repente abre uma porta lateral, olho, tiro a Leica (câmera profissional), sempre deixo preparada para dois metros, o que der, deu. Entro, Neruda está na maca, dona Matilde, sua mulher, sentada com o irmão dela", relembra o fotográfo, que conseguiu permissão para divulgar a foto logo após registrá-la.
"Estou lá, rondando o hospital, e de repente abre uma porta lateral, olho, tiro a Leica (câmera profissional), sempre deixo preparada para dois metros, o que der, deu. Entro, Neruda está na maca, dona Matilde, sua mulher, sentada com o irmão dela", relembra o fotográfo, que conseguiu permissão para divulgar a foto logo após registrá-la.
Teixeira diz, ainda, que é emocionante poder rever esses trabalhos. "É importante para as pessoas, hoje, que não conheceram, não passaram pelo que eu passei nas duas manifestações, saberem o que é viver em uma ditadura e hoje estar num país democrático", comenta o veterano, citando os golpes militares no Brasil e no Chile, em 1964 e em 1973, respectivamente.
A exposição, que têm curadoria de Sergio Burgi, fica no CCBB (Rua Primeiro de Março 66) até 13 de novembro. O horário de funcionamento é de quarta a segunda-feira, das 9h às 20h, com classificação 14 anos.
*Reportagem da estagiária Bruna Bittar, sob supervisão de Raphael Perucci
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