Victor foi brutalmente agredido na portaria e não foi socorrido pelo porteiro, que testemunhou o ocorridoReprodução
Publicado 06/09/2023 09:42 | Atualizado 06/09/2023 10:13
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Rio - O síndico do prédio onde o ator Victor Meyniel foi agredido pelo estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre prestou depoimento nesta terça-feira (5) e defendeu o porteiro Gilmar José Agostini autuado por omissão de socorro. Ainda na delegacia, Marcos de Carvalho Abrantes contou que administra o local há 30 anos e que não conhecia o agressor.

No depoimento, ele descreveu o porteiro como uma pessoa simplória, que tem medo das coisas, diabético e que cuida do irmão que está internado, e que por isso acredita que Gilmar não interveio.

O síndico explicou também que no dia das agressões, que ocorreram no último sábado (2), ele estava em sua residência quando Gilmar interfonou informando que estava tendo uma briga na portaria. Em seguida, ele colocou uma roupa e desceu para ver o que estava acontecendo, e ao chegar observou a vítima agredida com o rosto machucado.


Marcos complementou que orientou a vítima a procurar a delegacia para prestar queixa e ressaltou que não presenciou as agressões, mas que chamou a Polícia Militar. Ele disse que o porteiro foi quem informou que Yuri foi o autor das agressões.

Após a chegada a PM, o síndico acompanhou os policiais até o apartamento do Yuri, que não estava no primeiro momento. Em seguida, ao retornarem para a portaria foram informados por Gilmar que o estudante havia acabado de chegar e subido por outro elevador. Ao retornar, o agressor apresentou uma documentação para os agentes alegando ser médico militar e todos desceram novamente para a portaria.

Toda a ação durante cerca de 35 minutos. Nesse período, a mãe da vítima também esteve no prédio e todos foram encaminhados a 12ªDP (Copacabana).

O síndico disse ainda que informou a proprietária do apartamento de Yuri o que tinha acontecido e ressaltou que nunca havia visto o agressor no condomínio, e por isso não sabe dizer se ele tem perfil violento ou calmo, mas que nunca soube de nenhum problema anterior relacionado a ele.
A Polícia Civil também pretende ouvir na próxima sexta (8) a mulher que divide o apartamento com o estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre. Segundo o delegado João Valentim, responsável pela investigação, ela teria presenciado o início das agressões e as ofensas contra a vítima.
Relembre o caso
Victor e o Yuri se conheceram na noite da última sexta-feira (1º), na boate Fosfobox, e, após a festa, se dirigiram para o apartamento do agressor, na Rua Siqueira Campos, em Copacabana, na Zona Sul. No dia seguinte, pela manhã, quando o ator se despediu de Yuri na portaria do prédio, a sexualidade do agressor foi revelada ao porteiro do edifício. A partir desse momento, a agressão começou.
Nas imagens que foram gravadas pelo circuito de segurança do prédio, o agressor joga Victor no chão e distribui socos contra ele. Nesse momento, o porteiro do prédio observa as agressões sem intervir ou prestar socorro a vítima.
Yuri foi preso em flagrante e autuado pelos crimes de lesão corporal, injúria por preconceito e falsidade ideológica. Na segunda (4), a A Justiça do Rio converteu em preventiva a prisão devido a gravidade da violência praticada pelo réu.
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