Carlos Alberto crê em homofobiaReprodução/Redes sociais
Publicado 12/09/2023 17:55
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Rio - A Polícia Civil investiga uma denúncia de agressão e homofobia contra o costureiro Carlos Alberto de Souza, de 34 anos, e um amigo – que prefere não se identificar – em um bar no bairro de Vaz Lobo, na Zona Norte do Rio. De acordo com o boletim de ocorrência, o caso aconteceu no sábado passado (9) e é investigado pela 29ª DP (Madureira).
Carlos Alberto disse em depoimento que ele e o amigo foram atacados com uma barra de ferro, pedaço de madeira e socos dentro de um bar na Av. Monsenhor Félix. A agressão teria partido de um homem dentro do estabelecimento, que disse ter se incomodado com os olhares do amigo do costureiro. Em suas redes sociais, Carlos Alberto detalhou o ocorrido. Ele afirma que saiu de perto do colega para ir ao banheiro e quando retornou viu o rapaz caído e ferido no chão. Assustado com a cena, o costureiro tentou identificar o autor da agressão, mas foi golpeado por trás e caiu desacordado. 
"Eu falei 'O que você fez com o meu amigo?' Aí quando fui em direção ao meu amigo tomei um golpe na costela. Já caído, eu levei outra pancada na cabeça. Dali em diante eu não vi mais nada. Não sei se o socorro demorou ou se apanhei mais depois de ter apagado. Só vendo as imagens das câmeras de segurança para saber", disse Carlos. 
O costureiro foi socorrido e levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, e teve partes do corpo fraturadas, além de ficar com hematomas pelo corpo. Ao receber alta da unidade, a vítima registrou uma ocorrência online como lesão corporal, mas para ele também houve crime de homofobia no bar. "Tem que ser feita a justiça. A gente toma cuidado, mas o ser humano é ruim. Tem que haver o respeito", desabafou a vítima.
Procurada, a 29ª DP informou que a vítima foi ouvida e os agentes vão pedir imagens de câmeras de segurança do estabelecimento para identificar o autor do crime. Carlos Alberto diz não se lembrar da fisionomia do agressor. 
O departamento jurídico do Centro de Cidadania LGBTI- Capital I disse que está em contato direto com as vítimas. Por meio de nota, o Programa Rio Sem LGBTIfobia, iniciativa do governo do Rio, repudiou  veementemente o crime de homofobia contra os amigos. "O Rio Sem LGBTIfobia segue atuando na defesa e na garantia dos direitos da população LGBTI+ do estado do Rio de Janeiro", disse. 
Caso Victor Meyniel
A agressão contra os dois amigos em um bar no bairro Vaz de Lobo aconteceu uma semana depois do crime contra o ator Victor Meyniel, 26 anos. O jovem foi brutalmente agredido pelo estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre, 29, que confessou o crime e foi preso em flagrante. Os jovens se conheceram na noite de sexta-feira (1º), na boate SubStation e, após a festa, se dirigiram para o apartamento do agressor, na Rua Siqueira Campos. No dia seguinte, pela manhã, Yuri expulsou Victor do apartamento e iniciou as agressões.
A Polícia Civil concluiu as investigações sobre as agressões e indiciou Yuri de Moura por lesão corporal, injúria por atos homofóbicos e falsidade ideológica.

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