Publicado 17/09/2023 17:23 | Atualizado 17/09/2023 17:28
Rio - Foi enterrada em Petrópolis, na Região Serrana, a menina de 3 anos baleada por um policial rodoviário federal no dia 7 de setembro, no Arco Metroplitano. Familiares e amigos se despediram de H.S.S às 16h30h deste domingo (17), no Cemitério Municipal de Petrópolis. A cerimônia foi restrita a familiares e amigos e cerca de 100 pessoas estiveram presentes no cortejo.
A criança morreu neste sábado (16), no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, após sofrer a segunda parada respiratória. O corpo foi encaminhado ao IML, onde o laudo médico assinado por Marcelo da Silva, indicou que a causa do óbito foi "lesão no encéfalo por projétil de arma de fogo".
Ao O DIA, neste sábado (16) o advogado da família, Jorge Beck, disse que o mais importante, neste momento, era a cerimônia de sepultamento. "Foi uma perda muito grande e, agora, vamos focar no sepultamento".
Beck, no entanto, também falou sobre as investigações. "O processo já esta no Ministério Público e vamos acompanhar. Queremos que a justiça seja feita, pois ela não merecia isso", disse o advogado.
Relembre o caso
H.voltava da casa dos avós, em Itaguaí, na Região Metropolitana, quando o carro da família foi perseguido e atingido por tiros. Segundo as investigações do Ministério Público Federal, ao passar por uma viatura, 3 agentes da PRF identifcaram que o veículo era roubado e começaram uma perseguição.
William da Silva, pai da menina, disse em depoimento que não houve ordem de parada, mas o trio começou a seguir e a ficar muito próximos de seu carro. Ele decidiu então estacionar no acostamento e, quando já quase parado, os agentes atiraram quatro vezes.
Uma testemunha do ocorrido também afirmou que o motorista não tentou fugir da abordagem da viatura antes dos tiros. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, ela também não menciona nenhum outro disparo antes da criança ser atingida. "Federal (PRF) acabou de acertar a filha de alguém no carro ali 'mano'. Isso que dá Federal incapacitada, saíram atirando no carro", disse em um trecho.
Sobre a acusão de carro roubado, William disse que adquiriu o veículo há dois meses e que os documentos ainda estão no nome do antigo proprietário. Em sua defesa William ainda afirmou que o vendedor apresentou o recibo de compra e venda do veículo (CRV) durante a negociação e mostrou uma consulta da placa no sistema do Detran.
Neste sábado (16) o MPF pediu a prisão dos três agentes envolvidos no caso.
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