Publicado 26/09/2023 11:38
Rio - A Europa será o próximo destino de quatro bailarinas do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio. A convite das associações Dance Sem Fronteiras e Dança do Eixo Ibero-Atlântico (Adeixa), professoras e alunas do Projeto ViDançar vão participar de um intercâmbio cultural, com residência artística de três meses na cidade de Valença, no extremo norte de Portugal.
Dirigidas pela professora Liana Rigon, as bailarinas vão fazer um curso intensivo de dança, com capacitação técnica e terão a experiência de viver na Europa. A Prefeitura de Valença vai arcar com as despesas de hospedagem e alimentação. A cidade europeia faz parte da rota do caminho português de Santiago de Compostela, e as intercambistas ficarão alojadas nas instalações dos peregrinos.
Brasileira radicada na Espanha, Liana Rigon veio ao Brasil para escolher as quatro bailarinas que levará para o intercâmbio. Rigon é bailarina, professora, coreógrafa, produtora e diretora, além de ser articuladora de diversas iniciativas culturais.
"Sempre colaborei com projetos sociais, oferecendo bolsas de formação. Acredito na diversidade e na necessidade de inclusão através do processo educativo da arte de dançar. Mais do que formar bailarinos, a aprendizagem da dança é um instrumento transformador: senti isso na essência do ViDançar. É empolgante e motivador oferecer essa experiência, que melhora a vida das pessoas", comemorou a professora.
O processo seletivo no Vidançar começou na última quinta-feira (21), na sede do projeto. Houve um bate-papo com as candidatas, que ministraram aulas sob o olhar atento de Liana Rigon. Também haverá um workshop sobre dança e palestras para professores e bailarinos no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro, no próximo sábado (30), das 10h às 12h.
"Sempre colaborei com projetos sociais, oferecendo bolsas de formação. Acredito na diversidade e na necessidade de inclusão através do processo educativo da arte de dançar. Mais do que formar bailarinos, a aprendizagem da dança é um instrumento transformador: senti isso na essência do ViDançar. É empolgante e motivador oferecer essa experiência, que melhora a vida das pessoas", comemorou a professora.
O processo seletivo no Vidançar começou na última quinta-feira (21), na sede do projeto. Houve um bate-papo com as candidatas, que ministraram aulas sob o olhar atento de Liana Rigon. Também haverá um workshop sobre dança e palestras para professores e bailarinos no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro, no próximo sábado (30), das 10h às 12h.
Nesta terça-feira (26), duas bailarinas foram escolhidas para o intercâmbio. As professoras Carol Baptista, de 26 anos, e Alessandra Soares, 20, vão viver na Europa, mergulhadas no mundo da dança. A previsão é que o curso aconteça de março a maio de 2024. As outras duas bailarinas ainda serão selecionadas.
Ellen Serra, CEO do ViDançar, contou sobre a oportunidade deste intercâmbio. "A Liana é um verdadeiro presente para o ViDançar. Ela tem experiência de atender jovens de todos os segmentos sociais, incluindo estudantes europeus, imigrantes e refugiados que chegam à Europa. O convite para essa vivência em Portugal é uma oportunidade única, pois elas poderão aprender muito sobre diferentes vertentes da dança e ainda vão viver em outro país", disse Serra.
Projeto ViDançar
Fundado em outubro de 2010, com uma turma de balé clássico composta por 14 meninas, na favela da Skol, no Complexo do Alemão, o Vidançar prepara seus alunos para grandes audições nas melhores escolas do mundo.
O projeto já inseriu cerca de 50 bailarinos em centros profissionalizantes de dança, como a Escola Bolshoi, EEDMO Theatro Municipal, Petite Danse, Deborah Colker, Escola de Dança Alice Arja e Conservatório Brasileiro de Dança. Um dos ex-alunos é bailarino profissional da companhia Tivoli Ballet Skole, na Dinamarca.
Atualmente, o Projeto Vidançar atende cerca de 400 pessoas e atua em Saracuruna, Duque de Caxias, e no sertão da Bahia. As atividades não se restringem às aulas de dança: há reforço escolar de matemática, inglês, português, audiovisual, literatura, espanhol, xadrez e costura. Há também a Rede de Mulheres Vidançar, que realiza diversas atividades, entre rodas de conversas e oficinas de costura e de trança-afro.
*Reportagem do estagiário Leonardo Marchetti, sob supervisão de Iuri Corsini
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