Publicado 26/09/2023 18:13 | Atualizado 26/09/2023 18:15
Rio - O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) anunciou, nesta terça-feira (26), que atingiu a marca de 1.500 doadores de tecidos musculoesqueléticos, que incluem ossos, tendões, meniscos e cartilagens. De acordo com a direção da unidade, somente de janeiro a agosto deste ano foram 215 captações o que sinaliza um aumento de 44% nas doações. Anúncio acontece no mês da inclusão da pessoa com deficiência: Setembro Verde.
Em 2022, o o Into foi o segundo maior distribuidor de tecidos para a realização de cirurgias ortopédicas no Brasil. Os materiais arrecadados foram utilizados em mais de 43% dos transplantes de tecido musculoesquelético feitos com ossos, tendões e outros tecidos em todo o estado.
Segundo o chefe do Banco de Tecidos do Into, Rafael Prinz, apesar do bom resultado, é preciso conscientizar a população sobre importância da doação de órgãos e tecidos, já que o índice de recusa familiar ainda é grande.
Dados do Registro Brasileiro de Transplantes mostram que, no primeiro semestre de 2023, 33% das famílias de potenciais doadores notificados no estado do Rio de Janeiro não autorizaram a doação. No Brasil, o número chegou a 49%.
“É a família que vai autorizar a doação, por isso é muito importante que a pessoa comunique ainda em vida aos familiares o seu desejo de ser um doador”, conclui o especialista.
“É a família que vai autorizar a doação, por isso é muito importante que a pessoa comunique ainda em vida aos familiares o seu desejo de ser um doador”, conclui o especialista.
Chance na doação
Graças ao tecido musculoesquelético, o jovem Isaac Bertolino, de 18 anos, conseguiu voltar a jogar bola com seus amigos. O estudante, apaixonado por futebol, foi submetido a um transplante que evitou a amputação da perna.
Em 2019, após sentir fortes dores e notar um inchaço no tornozelo direito, Isaac foi diagnosticado com osteossarcoma, o tipo mais comum de tumor ósseo maligno primário, que atinge com mais frequência crianças, adolescentes e jovens adultos. "Eu tinha acabado de perder um amigo da minha turma, com a mesma idade, para o câncer, acompanhei tudo de perto, mas quando foi a minha vez a ficha demorou a cair”, lembra o jovem.
À época, o diagnóstico da doença veio acompanhado do risco de que ele tivesse de ter a perna amputada. “Era tudo muito novo, estávamos enfrentando algo que a gente não sabia lidar e ouvir que a solução seria amputar nos assustou ainda mais”, conta a mãe de Isaac.
Foi através de um transplante ósseo, que substitui os ossos doentes por ossos saudáveis de doadores, que o estudante, ganhou a chance de manter sua mobilidade nos membros inferiores.
Como funciona a doação?
Atualmente, o Into é a única instituição do Estado do Rio de Janeiro a abrigar um banco de pele, de córneas e de tecido musculoesquelético. O Instituto mantém equipes preparadas para realizar captações 24 horas por dia, durante os 365 dias do ano. Todo o procedimento, desde a captação até a distribuição do tecido a ser transplantado, é gratuito.
O processo começa após a notificação do caso de um possível doador recebida pela Central Estadual de Transplantes, que realiza uma avaliação do paciente junto aos responsáveis técnicos do banco do Into. Autorizada pela família, a captação é feita por uma equipe multiprofissional, formada por ortopedistas, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, biólogos e farmacêuticos, que se desloca até a unidade de saúde onde se encontra o doador.
No banco de tecidos, todo o material coletado é analisado até que seja liberado para a distribuição. A partir daí, ele será disponibilizado, sob demanda, para qualquer equipe e instituição cadastrada no Sistema Nacional de Transplantes.
Em 2019, após sentir fortes dores e notar um inchaço no tornozelo direito, Isaac foi diagnosticado com osteossarcoma, o tipo mais comum de tumor ósseo maligno primário, que atinge com mais frequência crianças, adolescentes e jovens adultos. "Eu tinha acabado de perder um amigo da minha turma, com a mesma idade, para o câncer, acompanhei tudo de perto, mas quando foi a minha vez a ficha demorou a cair”, lembra o jovem.
À época, o diagnóstico da doença veio acompanhado do risco de que ele tivesse de ter a perna amputada. “Era tudo muito novo, estávamos enfrentando algo que a gente não sabia lidar e ouvir que a solução seria amputar nos assustou ainda mais”, conta a mãe de Isaac.
Foi através de um transplante ósseo, que substitui os ossos doentes por ossos saudáveis de doadores, que o estudante, ganhou a chance de manter sua mobilidade nos membros inferiores.
Como funciona a doação?
Atualmente, o Into é a única instituição do Estado do Rio de Janeiro a abrigar um banco de pele, de córneas e de tecido musculoesquelético. O Instituto mantém equipes preparadas para realizar captações 24 horas por dia, durante os 365 dias do ano. Todo o procedimento, desde a captação até a distribuição do tecido a ser transplantado, é gratuito.
O processo começa após a notificação do caso de um possível doador recebida pela Central Estadual de Transplantes, que realiza uma avaliação do paciente junto aos responsáveis técnicos do banco do Into. Autorizada pela família, a captação é feita por uma equipe multiprofissional, formada por ortopedistas, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, biólogos e farmacêuticos, que se desloca até a unidade de saúde onde se encontra o doador.
No banco de tecidos, todo o material coletado é analisado até que seja liberado para a distribuição. A partir daí, ele será disponibilizado, sob demanda, para qualquer equipe e instituição cadastrada no Sistema Nacional de Transplantes.
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