Terreirão do Samba é tombado como Patrimônio Histórico e Cultural do Rio

Rio - O Terreirão do Samba Nelson Sargento, na Praça Onze, foi tombado como Patrimônio Histórico e Cultural do Estado do Rio de Janeiro. A lei, de autoria do deputado Dionísio Lins (PP), foi sancionada pelo governador Cláudio Castro e publicada no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (28).

"O Terreirão é o berço do samba e atende a população com atrações populares e grandes eventos de música. A preservação trará a segurança de que o local será eternizado para fins de atrair turistas e cidadãos interessados em cultura e entretenimento", disse Dionísio.

Com o tombamento, fica vedada qualquer destruição, descaracterização ou mudança no local, assim como a transferência definitiva de suas atividades, exceto em caso de necessidade urgente de obras eventuais.

O Terreirão do Samba é um equipamento cultural que tem como objetivo preservar o gênero musical mais importante do Rio de Janeiro. Inaugurado em 1991, o espaço leva o nome Nelson Sargento, compositor, artista plástico e eterno presidente de honra da Mangueira. O palco é batizado com o nome de João da Baiana, um dos pioneiros do samba.

Na mesma região, no início do século XX, ficava a casa da lendária Tia Ciata, figura histórica e uma das principais influências dos primórdios do gênero musical. O fato explica o simbolismo e a importância do espaço para todos os sambistas.

O local é conhecido por abrigar shows antes, durante e depois do Carnaval. Desde sua fundação, ele é administrado pela RioTur. Na gestão Crivella, porém, chegou a ficar um tempo sob gestão da Secretaria de Cultura.

Localizado no Centro, com acesso principal pela Rua Benedito Hipólito, próximo ao Sambódromo, é servido por diversos modais de transporte público (metrô, ônibus e VLT), possuindo uma área de 11.160 m², com área de intervenção direta ampliada de 13.560 m² contemplando as vias do entorno.