Publicado 29/09/2023 14:57
Rio - A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS), alcançou neste ano um marco dentro da elaboração de políticas públicas para prevenção do HIV com mais de 7,7 mil medicamentos entregues nas 166 unidades dispensadoras.
Foram 6.360 pessoas cadastradas no serviço de saúde para dispensação da medicação de pré-exposição ao HIV (PrEP), destes 4.524 pacientes com prescrição da rede pública. Para garantir o acesso da população indicada ao tratamento, a rede municipal de saúde do Rio ampliou o número de unidades dispensadoras da medicação PrEP, que saiu de três em 2020, para 166 em 2023.
Qualquer unidade de Atenção Primária, que são as clínicas da família e centros municipais de saúde, podem prescrever o uso do tratamento indicado e, após avaliação médica, a dispensação é realizada nas unidades dispensadoras.
“A ampliação do serviço é um marco importante para promoção da saúde e um avanço dentro da estratégia para prevenção do HIV. Os pacientes com indicação para o uso do PrEP têm acesso garantido, o que possibilita maior qualidade de vida”, destacou Larissa Terrezo, superintendente de Atenção Primária da SMS.
Ainda de acordo com a pasta, ter um horário diferenciado de funcionamento pode fazer toda a diferença para a pessoa que não conseguem comparecer nas unidades em horário comercial, como no Centro Municipal de Saúde Rocha Maia, em Botafogo, de domingo a domingo, das 7h às 22h, com ambulatório especializado, atendendo os usuários sem necessidade de agendamento e também no CMS está localizado ao lado do Super Centro Carioca de Vacinação, na Rua General Severiano, 91, na mesma região.
Diferenças entre PrEP e PEP
A PrEP consiste no uso de medicação antirretroviral por pessoas não infectadas pelo HIV, mas que estão extremamente vulneráveis ao vírus. Esses pacientes passam pela avaliação do profissional de saúde na unidade de Atenção Primária para verificar o risco de infecção e os critérios de indicação da PrEP.
O objetivo da profilaxia pré-exposição ao HIV é diminuir o risco da infecção pelo vírus, com o uso de um comprimido por dia realizado de forma contínua. A medicação não previne demais infecções sexualmente transmissíveis e, portanto, deve ser combinada com outras formas de prevenção.
O objetivo da profilaxia pré-exposição ao HIV é diminuir o risco da infecção pelo vírus, com o uso de um comprimido por dia realizado de forma contínua. A medicação não previne demais infecções sexualmente transmissíveis e, portanto, deve ser combinada com outras formas de prevenção.
Já PEP é a profilaxia pós-exposição e consiste no uso de medicações antirretrovirais pelo período de 28 dias para diminuir o risco de infecção pelo HIV, após acontecer exposição ao vírus, seja por relações sexuais desprotegidas, situações de violência sexual ou acidentes com material biológico.
A pessoa exposta deve procurar rapidamente uma unidade de saúde, seja de urgência e emergência (hospitais e UPAs) ou de Atenção Primária para uma avaliação. O profissional solicitará a realização de testes rápidos para o HIV, sífilis e hepatites virais e, de acordo com os resultados e com a avaliação de risco feita pelo profissional de saúde, será indicado ou não o uso da medicação.
Todas as unidades de saúde do município do Rio de Janeiro contam com as medicações e testes necessários para a realização desse procedimento.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.