Publicado 03/10/2023 17:47 | Atualizado 03/10/2023 18:15
Rio - O projeto de retomada do Teatro Villa-Lobos, em Copacabana, na Zona Sul, foi apresentado nesta segunda-feira (2) em audiência pública realizada pela Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A iniciativa, realizada pela Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj), tem como objetivo revitalizar o espaço que é um dos maiores equipamentos culturais do Rio e se encontra há 12 anos abandonado, desde o incêndio em setembro de 2011.
João Guilherme Ripper, coordenador do projeto, explicou que a primeira ação de retomada do espaço já ocorreu através da capinação do terreno e drenagem do solo, além da contratação de vigilância 24 horas e reativação da rede elétrica. Já o segundo passo, de acordo com ele, foi a revisão do projeto contratado pela Empresa de Obras Públicas do Rio de Janeiro (Emop), em 2013, e a reavaliação do que seria necessário agora mudar.
"Há itens absolutamente indispensáveis em termos de alteração do novo projeto, como a Legislação de Prevenção e Combate a Incêndios, atualização tecnológica, avaliação estrutural e o aproveitamento de uma parte do terreno para a construção de um teatro experimental, com salas de ensaio", disse Ripper. Ele ainda afirmou que, para garantir a realização do projeto com segurança, a contratação de assessoria para a modificação desses detalhes já está em curso.
Durante a audiência, que contou com a presença de representações de grupos teatrais, movimentos sindicais e representantes dos artistas, o presidente da Funarj, Jackson Emerick, anunciou que os recursos recolhidos para a execução do projeto virão em parte do Estado, além da captação de fundos com as Leis de Incentivo e de parcerias com o setor privado. "Vamos priorizar o caixa do Estado, mas também iremos nos inscrever na Lei Rouanet, além de buscar empresas que tenham interesse em apoiar esse projeto", destacou.
A deputada Verônica Lima (PT), presidente da Comissão da Alerj, reforçou a intenção de realizar audiências públicas para discutir a situação dos equipamentos culturais em todo o estado. “Infelizmente, nós não temos, historicamente, a política cultural como prioridade no assunto de políticas públicas e direitos. Por isso, estamos lutando pelo lugar da cultura na primeira prateleira de importância política. A economia criativa e os equipamentos culturais são essenciais para a economia do Rio e devem funcionar plenamente”, disse.
Desde o incidente, o governo do estado prometeu reformar o prédio duas vezes, em 2014 e em 2019, mas os projetos não saíram do papel.
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