Caminhada pró-Israel aconteceu na praia de Copacabana, neste domingo (15)Roberta Sampaio / Agência O Dia
Publicado 15/10/2023 13:59
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Rio- Um grande ato na Praia de Copacabana, na Zona Sul, na manhã deste domingo (15), homenageou as vítimas dos ataques terroristas do Hamas contra Israel. A caminhada, que foi organizada pela Federação Israelita do Estado Rio de Janeiro (FIERJ), contou com centenas de representantes da sociedade civil e autoridades. Nos últimos dias, artistas como Mateus Solano, Caco Ciocler e Regiane Alves se engajaram nas redes sociais e também deram apoio ao evento.
O ato foi uma resposta aos sangrentos ataques ocorridos há uma semana, quando terroristas do Hamas invadiram o sul de Israel e mataram civis.

A caminhada, que começou no Posto 5, teve o objetivo de clamar pela paz, repudiando as ofensivas do grupo palestino Hamas. Manifestantes homenagearam às vítimas israelenses e pediram por paz através de gritos de "Libertem os reféns" e "Hamas nunca mais". 
No decorrer do protesto, o público presente entoou a canção "Oseh Shalom", um tipo de oração pela paz, além do hino de Israel. No fim, o hino do brasil foi cantado.
"A gente viu que o mundo todo estava se mobilizando contra os ataques terroristas e quisemos nos unir à essa corrente mundial para mostrar a força da nossa comunidade e principalmente mostrar que a comunidade judaica do mundo inteiro está atenta para que atos como esse não sejam aceitos tanto contra nós como qualquer outro tipo de de religião ou segmento da sociedade", afirmou o organizador da caminhada, André Spiewak, de 52 anos, que calculou a presença de mais de cinco mil pessoas no ato.
A vereadora Teresa Bergher (Cidadania) esteve no ato e ajudou a carregar uma das faixas. "Esta manifestação aqui na Avenida Atlântica foi linda. É uma manifestação pela paz, em solidariedade a Israel, uma forma de dizer não ao terror desse maldito Hamas. Nós não podemos tolerar a morte de crianças, o sequestro da população civil e mulheres sendo estupradas”, afirmou Teresa nas redes sociais.
Para Alan Lazkani, de 20 anos, a caminhada é uma oportunidade para mostrar oposição ao grupo terrorista. "Se a gente fica parado em casa e não faz nada é como se eles estivessem vencendo, mesmo não sendo alvo direto no momento. Então, se eu saio aqui com todo o mundo e mostro minha solidariedade a Israel e ao povo palestino, que sofre pelo Hamas, a gente mostra que somos oposição".

As Forças de Defesa de Israel estimam em pelo menos 120 o número de sequestrados pelos combatentes do Hamas, que também mataram cerca de 1,3 mil israelenses no ataque inicial de 7 de outubro. Ao todo, 3,6 mil pessoas já morreram nos conflitos.
"Não é hora de cessar-fogo. É preciso destruir os terroristas e proteger os inocentes. Eu acho importante que todas as pessoas condenem de forma bem clara, sem meias palavras, o Hamas como uma organização terrorista e manifestem o seu apoio ao ao estado de Israel e ao povo judeu que foi vítima dessa barbaridade", enfatizou o procurador de justiça, Marcelo Rocha Monteiro, de 61 anos.

"A luta de Israel não é contra Palestina, é contra o Hamas, que também oprime o povo palestino. A gente está deixando bem claro aqui que o Hamas é uma organização criminosa, terrorista e que tem que ser combatido pelo mundo por todo", disse a matemática Cristina Zaide, de 60 anos, que esteve na caminhada ao lado do marido, o empresário Mauro Zaide, de 59.
A médica Mônica Katz, de 57 anos, contou que possui filhos que moram em Israel e condenou os ataques do grupo Hamas ao país. "A gente está junto pela defesa de Israel, que tem todo o direito de se defender. Esse ataque é considerado um dos piores ou talvez o pior desde o holocausto, onde mais pessoas morreram numa investida macabra e cruel".
Entre os reféns atualmente em Israel estão militares, mulheres, crianças, idosos, trabalhadores estrangeiros e pessoas com dupla nacionalidade. Desde então, as forças israelenses têm enfrentado terroristas na Faixa de Gaza.
Ao fim do ato, a estudante Gabriela Sznajderman fez a leitura do manifesto a favor de Israel, condenado os ataques do grupo Hamas. "Esperamos, em futuro próximo, que os manifestos contra o terror tornem-se peças de museu. Matança de inocentes desarmados, mulheres, bebês, idosos, jovens não configura suposta resistência, operação ou ato de guerra em nenhum nível. Isso é covardia; terrorismo. Unidos, lutamos pela condenação absoluta e integral do terror".
Brasileiros resgatados

A operação Voltando em Paz já resgatou 916 brasileiros que estavam em Israel. Desde o início do conflito, cinco voos da Força Aérea Brasileira (FAB) saíram de Tel Aviv e desembarcaram no Brasil com os repatriados.

O governo do Brasil também negocia a retirada de brasileiros que estão na Faixa de Gaza por meio da fronteira com o Egito. Um avião da Presidência da República foi cedido para essa operação. No entanto, ainda não há previsão de quando a travessia da Faixa de Gaza para o Egito será autorizada. Mais de 2 mil brasileiros já procuraram as autoridades para retornar ao país.
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