Publicado 30/10/2023 13:28
Rio - O movimento 'Rio Sem LGBTIfobia' registrou uma alta no número de denúncias de extorsão e ameaça a homens gays e mulheres trans e travestis na região do Centro e na Zona Sul. Nas últimas três semanas, a central de atendimento, o Disque Cidadania e Direitos Humanos e o equipamento da Central do Brasil receberam 15 denúncias.
Segundo o levantamento, os crimes são de extorsão após relações sexuais marcadas, na maioria dos casos, através de aplicativos de relacionamento. Em muitos dos casos, as vítimas, por medo, optam por não denunciar o criminoso. Das ligações ao programa, só 30% aceitaram atendimento e/ou registram na delegacia.
Em um dos casos denunciados, a vítima, que teve a identidade preservada, disse que sofreu uma tentativa de extorsão seguida de homofobia.
"Eu sofri uma tentativa de extorsão com homofobia. Eu conheci um rapaz através de um aplicativo no dia 13 de outubro, eu já vinha falando com ele alguns dias da semana, eu tenho relação aberta, então meu namorado também já tinha conversado com ele. Aí um dia, meu namorado estava fora de casa e eu acabei chamando esse rapaz pra cá com meu namorado sabendo disso. Eu tinha perguntado se ele cobrava, se ele era garoto de programa e tal, mas ele disse que não, que só estava a fim de curtir, mas depois mudou”, contou.
Ainda segundo a vítima, logo depois o suspeito ficou muito agressivo e passou a tentar ofendê-lo. "Ele me pediu pagamento, mas eu falei: 'Como assim? Não contratei seu serviço'. Aí ele falou que era garoto de programa e que eu tinha que pagar, mas falei que não tinha dinheiro e que isso não foi tratado, que ele tinha que ser transparente, mas ele pediu um pix de 300 reais", explicou.
A vítima disse também que a todo momento o homem tentava intimidá-lo. "Ele falou que ia contar tudo para meu namorado, sempre tentava achar alguma fraqueza minha para me chantagear. Ele falava que eu era um v..., tentando me ofender", afirmou.
Uma das alternativas que a vítima encontrou para se livrar do crime foi ligar para a polícia enquanto fingia ligar para o namorado para pedir que levasse dinheiro. "Eu liguei para o 190 e fiz de conta que era meu namorado e fui relatando, a moça ia me fazendo perguntas e eu respondia discretamente. Aí ele começou a acender um cigarro e jogar cinzas pela sala, disse que ia quebrar tudo. Depois, ele disse que ia gritar para todo saber que eu era viad* e eu disse que não tinha problema nenhum porque o prédio todo sabia”, esclareceu.
Depois disso, a vítima conseguiu tirar o rapaz do seu apartamento ainda sem a chegada da polícia. "Quando ele viu que não tinha mais argumento, que eu não ia me intimidar, ele decidiu descer e ir embora", disse.
Segundo o levantamento, os crimes são de extorsão após relações sexuais marcadas, na maioria dos casos, através de aplicativos de relacionamento. Em muitos dos casos, as vítimas, por medo, optam por não denunciar o criminoso. Das ligações ao programa, só 30% aceitaram atendimento e/ou registram na delegacia.
Em um dos casos denunciados, a vítima, que teve a identidade preservada, disse que sofreu uma tentativa de extorsão seguida de homofobia.
"Eu sofri uma tentativa de extorsão com homofobia. Eu conheci um rapaz através de um aplicativo no dia 13 de outubro, eu já vinha falando com ele alguns dias da semana, eu tenho relação aberta, então meu namorado também já tinha conversado com ele. Aí um dia, meu namorado estava fora de casa e eu acabei chamando esse rapaz pra cá com meu namorado sabendo disso. Eu tinha perguntado se ele cobrava, se ele era garoto de programa e tal, mas ele disse que não, que só estava a fim de curtir, mas depois mudou”, contou.
Ainda segundo a vítima, logo depois o suspeito ficou muito agressivo e passou a tentar ofendê-lo. "Ele me pediu pagamento, mas eu falei: 'Como assim? Não contratei seu serviço'. Aí ele falou que era garoto de programa e que eu tinha que pagar, mas falei que não tinha dinheiro e que isso não foi tratado, que ele tinha que ser transparente, mas ele pediu um pix de 300 reais", explicou.
A vítima disse também que a todo momento o homem tentava intimidá-lo. "Ele falou que ia contar tudo para meu namorado, sempre tentava achar alguma fraqueza minha para me chantagear. Ele falava que eu era um v..., tentando me ofender", afirmou.
Uma das alternativas que a vítima encontrou para se livrar do crime foi ligar para a polícia enquanto fingia ligar para o namorado para pedir que levasse dinheiro. "Eu liguei para o 190 e fiz de conta que era meu namorado e fui relatando, a moça ia me fazendo perguntas e eu respondia discretamente. Aí ele começou a acender um cigarro e jogar cinzas pela sala, disse que ia quebrar tudo. Depois, ele disse que ia gritar para todo saber que eu era viad* e eu disse que não tinha problema nenhum porque o prédio todo sabia”, esclareceu.
Depois disso, a vítima conseguiu tirar o rapaz do seu apartamento ainda sem a chegada da polícia. "Quando ele viu que não tinha mais argumento, que eu não ia me intimidar, ele decidiu descer e ir embora", disse.
Logo após a situação, o homem retornou a PM e informou que o problema já tinha sido resolvido. Em seguida, ele entrou em contato com o Rio Sem LGBTIfobia, onde foi orientado a denunciar o caso na delegacia.
De acordo com a Polícia Civil, qualquer tipo de golpe ou ocorrências de preconceito de gênero, racial e de intolerância podem ser registradas em delegacias distritais. Em nota, o órgão disse ainda que conta com agentes treinados e capacitados para atender o público e confeccionar qualquer registro.
Já o Rio Sem LGBTIfobia informou que está preparado com todo suporte necessário, com atendimento social e psicológico, além de assessoramento jurídico. É possível entrar em contato através do WhatsApp 21 97706-2831, redes sociais e no 0800 0234567.
Já o Rio Sem LGBTIfobia informou que está preparado com todo suporte necessário, com atendimento social e psicológico, além de assessoramento jurídico. É possível entrar em contato através do WhatsApp 21 97706-2831, redes sociais e no 0800 0234567.
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