Publicado 02/11/2023 15:02
Rio - O policial militar Alan Marques de Oliveira, preso há três anos pela morte do jornalista e pré-candidato a vereador Leonardo Soriano Pereira Pinheiro, foi absolvido da acusação na madrugada desta quarta-feira (1°). O Ministério Público do Rio de Janeiro recorreu da decisão.
A decisão ocorreu após cerca de 12 horas de julgamento no Tribunal do Júri de Niterói, na Região Metropolitana. Os advogados de defesa Filipe Roulien e Patrick Berriel argumentaram que o inquérito do caso teria sido mal conduzido pela polícia.
"Em conformidade com o decidido pelo Conselho de Sentença, julgo improcedente a pretensão punitiva estatal para absolver os réus Cleisener Vinicio Brito Guimarães e Alan Marques de Oliveira. Expeça-se alvará de soltura", informou a juíza Nearis Carvalho Arce em sua decisão.
O crime aconteceu no dia 13 de maio de 2020, quando Léo Pinheiro foi executado a tiros no bairro Parati, em Araruama, na Região dos Lagos. Ele tinha 39 anos, era pré-candidato a vereador na cidade pelo Patriotas e administrava a página na internet 'A Voz Araruamense', onde publicava informações sobre o município.
Na época do crime, as investigações apontavam que a vítima foi morta por motivações políticas, já que sua pré-candidatura ameaçava a eleição da mulher de Alan, a cirurgiã-dentista Elisabete Faria Abreu, já que os dois tinham como reduto de votos o mesmo bairro.
Relembre o caso
Segundo relato de moradores, Léo estava entrevistando algumas pessoas quando dois homens em um carro o abordaram. Um criminoso encapuzado mandou o jornalista se ajoelhar e o executou com três tiros na cabeça.
Uma testemunha relatou que presenciou o momento em que o PM convidou Cleisener Vinicio Brito Guimarães, conhecido como 'Kekei', para "matar alguém". Ambos foram presos pelo crime mas foram absolvidos.
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