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Publicado 16/11/2023 09:53
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Rio - A Prefeitura do Rio anunciou, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (16), a alteração dos estágios operacionais da cidade. O sistema é uma escala que orienta órgãos e a população em situações de impacto, como temporais. A mudança também foi publicada na edição desta quinta em um decreto no Diário Oficial. Além da mudança, a cidade irá receber investimentos tecnológicos para o verão como um novo radar mais moderno, capaz de detectar chuva de granizo com antecedência, e um detector de raios e tempestades.

Com a alteração, os termos "normalidade", "mobilização", "alerta", e "atenção" foram substituídos por números. A escala vai continuar tendo 5 níveis, sendo de 1 a 5.

De acordo com o prefeito Eduardo Paes (PSD), a mudança foi realizada para que os cariocas possam agir mais rápido em situações de crise e que consigam se proteger o quanto antes.

Entenda os novos estágios

Estágio 1: É o estágio de normalidade e tem a cor verde; significa que não há ocorrências na cidade e também na rotina dos moradores.

Estágio 2: É o estágio de mobilidade e tem a cor amarela; há riscos de ocorrências da cidade, sendo necessário que a população se mantenha atenta.

Estágio 3: É o estágio de atenção e tem a cor laranja; há, pelo menos, uma ocorrência de impacto na cidade e pode ocorrer riscos de alagamentos ou problemas de mobilidade, sendo necessário evitar o local afetado.

Estágio 4: É o estágio de alerta e tem a cor vermelha; há diversas ocorrências de médio a alto impacto ocorrendo na cidade, é necessário que a população evite se deslocar entre os locais.

Estágio 5: É o estágio de crise e tem a cor roxa; nesse caso, a cidade já sofreu danos múltiplos que comprometem a resposta da prefeitura e é necessário se manter em um local seguro.

Onde se abrigar

O Chefe-executivo do Centro de Operações, Marcus Belchior, destacou durante a coletiva que nem em todos os casos ficar em casa é a opção mais segura, pois muitas pessoas ainda residem em locais de risco, que podem ocorrer desabamentos.

"O cidadão da área de risco é treinado pela Defesa Civil durante o ano todo", explicou.

Modelo foi inspirado na Escala Richter

Também durante coletiva, Belchior explicou que a mudança foi baseada na Escala Richter, que escalona os níveis de tremores de terra entre 1 a 5, dependendo da gravidade.

Segundo ele, o sistema se torna mais fácil pois mesmo que a população nunca tenha presenciado um terremoto, todos sabem como funciona a escala.
Novas tecnologias
 
Após ampliar em 40% o vídeo wall do COR, que passou a ter 104 metros quadrados, composto por 125 telas de 55 polegadas e em alta resolução, um novo radar meteorológico foi comprado pela Prefeitura do Rio, com objetivo de ampliar a capacidade da cidade na previsão do tempo de curto prazo, principalmente durante o verão que se aproxima. O equipamento, de tecnologia banda “X” WRS400, é mais moderno que o já utilizado pela cidade (adquirido em 2010 e instalado no Morro do Sumaré), e também permitirá uma leitura mais completa dos núcleos de chuva, sendo capaz de prever inclusive a possibilidade de chuva de granizo em até três horas de antecedência. O novo radar será instalado na Serra do Mendanha, na Zona Oeste.

Com uma antena de 1,4 m e radome de 2,4 m de diâmetro, o novo equipamento chegará ao Brasil na primeira semana de dezembro de 2023 e tem o alcance de 150 quilômetros de raio. O equipamento finlandês ficará instalado em uma torre com 25 metros de altura e pesa aproximadamente 400 kg. A Prefeitura do Rio pagou R$ 6,8 milhões pelo radar. O equipamento é licenciado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e opera com faixa de frequência 9,5-9,6 GHz.
"Essa aquisição vai aumentar bastante a nossa capacidade de predição no chamando curto prazo. O nosso atual radar, instalado no Sumaré, possui tecnologia banda 'C'. Esse novo equipamento faz uma leitura vertical e horizontal das nuvens e consegue captar a presença de gelo nas nuvens. Com isso, a gente conseguirá avisar, por exemplo, aos moradores de determinado bairro sobre a possibilidade de chuva de granizo com uma pequena antecedência", explicou o chefe executivo do Centro de Operações, Marcus Belchior.
A previsão é que o equipamento esteja em funcionamento até o fim do ano, já gerando imagens para o videowall do Centro de Operações, o maior da América Latina. Fabricado pela empresa finlandesa Vaisala, representada no Brasil pela empresa Hobeco Sudamericana. A obra para a instalação da estrutura da torre que fará a sustentação do radar na Serra do Mendanha será iniciada nos próximos dias.
Outra inovação para o próximo verão é a contratação do Sistema de Monitoramento e Alerta de Descargas Atmosféricas e Tempestades Severas. A ferramenta foi testada pelo Rio no último verão, quando a cidade contabilizou 31.900 raios atingindo o município entre os meses de janeiro e março.

O número de câmeras de monitoramento da cidade, que permitem um melhor planejamento durante os eventos também apresentou um crescimento. Em 2022 eram duas mil e, agora, já são três mil e quinhentas.
Já a Defesa Civil operacionalizou mais uma ferramenta de comunicação preventiva aos moradores que vivem em áreas de alto risco geológico. Avisos sonoros serão emitidos por sirenes localizadas em 103 comunidades. O objetivo é alertar a população, antecipadamente, que não possuem acesso aos meios de comunicação de massa sobre a chegada de chuva forte no município. O aviso será feito com base nas previsões meteorológicas do Sistema Alerta Rio, órgão de meteorologia da Prefeitura do Rio.
 
 
 
 
 
 
 
 
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