Ministro da Justiça quer apurar proibição à água após morte em show de Taylor Swift

A morte da estudante de Psicologia Ana Clara Benevides, de 23 anos, no show de Taylor Swift, na noite desta sexta-feira (17), no Estádio Nilton Santos, ganhou proporção federal. O ministro da Justiça Flávio Dino, por meio das redes sociais, determinou a investigação imediata do caso após denúncias de que a organização do evento teria barrado a entrada de garrafas de água e que a venda do produto dentro do estádio era escassa.

"Orientei o Secretário Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, Wadih Damous, a adotar as providências cabíveis -ainda hoje - quanto às denúncias de vedação ou ausência de disponibilidade de água para os consumidores que foram ou irão a shows durante essa imensa onda de calor que o Brasil atravessa. O Código de Defesa do Consumidor exige que os serviços sejam seguros e adequados à saúde.
É inaceitável que pessoas sofram, desmaiem e até morram por falta de acesso à água", escreveu Dino.

Nesta sexta, o Rio bateu recorde de sensação térmica, com 59,3°C, registrados em Guaratiba, na Zona Oeste. Nas redes sociais, internautas que foram ao show relataram que muitas pessoas passaram mal devido ao forte calor e que o Corpo de Bombeiros teve de socorrer várias delas.

"A Secretaria do Consumidor do Ministério da Justiça vai adotar as medidas imediatas, com a edição de normas emergenciais e notificações, ainda hoje (sábado), acerca de acesso à água em shows e outros espetáculos públicos. E também vai adotar as medidas relativas às responsabilidades pelos danos já causados, em diálogo com os demais órgãos do Sistema Nacional do Consumidor", completou o ministro.

A empresa organizadora do evento ainda não se pronunciou sobre o caso.