Publicado 23/11/2023 07:33 | Atualizado 23/11/2023 11:36
Rio - Um grupo do motoboys realizou uma manifestação, nesta quarta-feira (22), depois que um entregador de comida por aplicativo denunciou ter sido agredido por um cliente, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Em vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver o grupo fazendo um "buzinaço" e soltando rojões em frente ao condomínio Next, na Avenida Lúcio Costa, onde a agressão aconteceu.
O caso ocorreu na tarde desta quarta, e o entregador registrou o momento em que discutia com o morador do condomínio. Nas imagens, ele diz ter sido agredido e pergunta se o homem vai atacá-lo outra vez. "Está me agredindo? Está me agredindo? Me agrediu, 'ó'. Eu te xinguei? Me agride de novo. Está pensando o que, 'rapá'?", grita ele e os dois trocam ofensas e xingamentos, até que o cliente deixa o que parece ser a portaria do edifício e a vítima também sai do local. Confira abaixo.
De acordo com a Polícia Militar, equipes do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) foram acionadas para uma manifestação em frente ao condomínio. O ato teve início por volta das 15h30 e, cerca de 40 minutos depois, após conversar com os motoboys, a vítima concordou em seguir para a 16ª DP (Barra da Tijuca), para prestar queixa contra o morador, e o protesto foi encerrado.
Ainda segundo a PM, perto das 20h, depois uma movimentação pelas redes sociais, o grupo voltou a se reunir em frente ao endereço no Avenida Lúcio Costa para uma nova manifestação. Aproximadamente meia hora depois, os policiais militares conseguiram liberar a via e o protesto foi encerrado, com a dispersão dos motoboys de forma ordeira. Não houve registro de presos ou feridos nos atos. A Polícia Civil informou que a vítima foi ouvida e o suspeito será intimado a prestar esclarecimentos. A investigação está em andamento.
Em nota, iFood informou que está apurando o caso internamente para tomar as medidas cabíveis e que "não tolera qualquer tipo de ofensas, agressões, manifestações de preconceito ou assédio contra os entregadores parceiros". A empresa afirmou ainda que para situações como essa, oferece aos profissionais a Central de Apoio Jurídico e Psicológico, um serviço em parceria com a organização global de advogadas negras Black Sisters In Law, que oferece, sem custos, uma profissional para acompanhar os casos de agressão e discriminação.
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