Eberson Luiz já chegou sem vida ao hospitalFotos Reprodução / Redes Sociais
Publicado 26/11/2023 10:43
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Rio - "É mais uma vítima que sucumbe na comunidade". A frase publicada nas redes sociais revela a indignação de moradores da Vila Kennedy, na Zona Oeste, com a morte de Eberson Luiz Santos da Silva, neste sábado (25), durante uma troca de tiros entre criminosos e PMs na comunidade. O caso é alvo de procedimento apuratório interno aberto pela Polícia Militar. 
Eberson, que trabalhou como maqueiro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Costa Barros, na Zona Norte, até junho de 2023, foi encontrado baleado após o confronto e levado para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, mas deu entrada na unidade já sem vida. 
Após a morte de Eberson, um protesto feito por moradores da região bloqueou por cerca de 50 minutos dois trechos da Avenida Brasil, nos dois sentidos, na altura da Vila Kennedy. Pedaços de madeira, pneus e outros materiais foram incendiados nas pistas para bloquear a passagem de veículos. O fluxo só foi liberado em um dos sentidos por volta das 20h. 
De acordo com o comando do 14º BPM (Bangu), onde são lotados os PMs envolvidos no confronto, uma equipe realizava patrulhamento no interior da localidade, na Rua Viúva Guerreiro, quando foi atacada a tiros por criminosos. Ainda de segundo nota divulgadas pela PM, os policiais revidaram e houve confronto.
Após cessar a troca de tiros, os agentes encontraram o morador ferido no local. O mesmo foi socorrido pelos policiais até o Albert Schweitzer, também na Zona Oeste, mas já chegou morto.. 
"Ele era trabalhador. É mais uma vítima que sucumbe na comunidade em uma guerra que não é nossa. Até quando? Só queremos paz e isso não é pedir demais", lamentou um amigo em uma página dedicada à comunidade da Vila Kennedy, no Facebook.
Durante buscas na região, um suspeito de envolvimento no tráfico de drogas foi preso. Com ele, os agentes apreenderam dois carregadores, um porta carregador e uma quantidade de material entorpecente. 
Questionada, a Polícia Civil ainda não se manifestou sobre o caso. O espaço segue aberto para posicionamento da corporação.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que a UPA de Costa Barros, onde Eberson trabalhou até junho como maqueiro, lamentou a morte do ex-funcionário.
Outra morte 
O ato em protesto pela morte de Eberson terminou com outra morte. Segundo a Polícia Militar, um PM que estava de folga e passava pela região afirmou ter sido alvo de uma tentativa de assalto. No momento da abordagem, o agente teria reagido e disparado contra o homem, que morreu no local. O caso foi registrado na 34ª DP (Bangu).

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