Unidades de saúde do Rio intensificaram a testagem de HIVReprodução
Publicado 28/11/2023 12:59
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Rio - Unidades de saúde da cidade vão intensificar a testagem para HIV, sífilis, hepatites B e C, a partir desta última semana de novembro e no início de dezembro. A ação faz parte do "Dezembro Vermelho" e o objetivo da iniciativa é conscientizar a população sobre a importância da prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (IST). O Dia D da campanha será no próximo sábado (2).
As ações vão ocorrer nas clínicas da família e centros municipais, que funcionarão até às 17h. No dia D, acontecerá uma mobilização para estimular a procura pelos serviços. Além da testagem, haverá entrega de preservativos feminino e masculino, orientações sobre a prevenção do HIV, distribuição de informativos e vacinação para atualização da caderneta.
As unidades vão intensificar a testagem do HIV, pois, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a Atenção Primária à Saúde (APS) tem um papel fundamental no diagnóstico precoce, além de oferecer tratamento e cuidado integral às pessoas com essas condições.

O dia 1º de dezembro foi instituído como o Dia Mundial de Luta contra a Aids, em 1988, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e tornou-se uma data simbólica de apoio às pessoas envolvidas na luta contra a Aids e o HIV. Por isso, durante todo o mês de dezembro, haverá a iniciativa "Dezembro Vermelho", que visa engajar profissionais para a prevenção, assistência e proteção das pessoas que vivem com essas infecções.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, ressaltou a importância da prevenção. "Apesar de todos os avanços das últimas décadas, o HIV permanece sendo um desafio para a saúde pública mundial. O combate à Aids e às ISTs deve levar em consideração o direito ao pleno acesso às informações sobre os diversos métodos e formas de prevenção", explicou o secretário.

A prevenção combinada associa diferentes métodos, como a testagem regular para o HIV, que pode ser realizada gratuitamente no SUS, a prevenção da transmissão vertical (quando a gestante é soropositiva e pode haver a transmissão do vírus para o bebê), o tratamento das infecções sexualmente transmissíveis e das hepatites virais, a imunização para as hepatites A e B, a redução de danos para usuários de álcool e outras drogas, a profilaxia pré-exposição (PrEP) e o tratamento para todas as pessoas que já vivem com HIV.
No Rio, todos os locais de Atenção Primária estão aptos a prescrever a PrEP. Todo o tratamento e medicação, inclusive, são oferecidos gratuitamente pelo SUS.
A profilaxia pré-exposição
A PrEP consiste no uso de medicação antirretroviral por pessoas não infectadas pelo HIV, a fim de evitar a infecção durante a relação sexual. A profilaxia é indicada para pessoas que estão mais suscetíveis, como casais em que apenas um dos parceiros vive com o vírus, gays, pessoas trans e travestis, usuários drogas e profissionais do sexo.

Esses pacientes passam pela avaliação de um médico, para verificar o risco de infecção e os critérios de indicação da PrEP. O objetivo da profilaxia pré-exposição ao HIV é diminuir o risco da infecção pelo vírus, com o uso de um comprimido por dia. A medicação, no entanto, não previne demais infecções sexualmente transmissíveis e deve ser combinada com outras formas de prevenção.
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