Agentes do MPRJ prenderam um médico denunciado por violação sexual contra pacientes Divulgação / MPRJ
Publicado 30/11/2023 18:41 | Atualizado 30/11/2023 18:51
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Rio - A Justiça do Rio manteve, após audiência de custódia realizada na tarde desta quinta-feira (30), a prisão do médico Emílio Pontes da Fonseca Júnior, acusado de violentar sexualmente duas mulheres em um posto de saúde de Mangaratiba, na Costa Verde fluminense.
O juiz Alex Quaresma Ravache julgou a legalidade do mandado de prisão expedido contra Emílio e entendeu que não havia nada de errado no ato de prisão. A defesa do médico chegou à sua liberação, mas o magistrado negou a solicitação.
O médico foi preso na manhã de quarta-feira (29) em uma ação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). Segundo o órgão, Emílio abusou sexualmente de duas mulheres dentro da Unidade Básica Vereador Orlando Ribeiro, no bairro Muriqui, em Mangaratiba, onde o homem trabalhava.
De acordo com a denúncia, o crime aonteceu no dia 30 de dezembro de 2022, quando as vítimas chegaram a unidade com crise de ansiedade e diarreia. Após prestar atendimento, o médico levou as pacientes, que estavam sendo atendidas na emergência, para um setor distante da equipe de enfermagem.
"Ao entrarem no último consultório do corredor, ele as orientou a tirarem a roupa e se deitarem de bruços, para que ele pudesse 'ministrar' um suposto medicamento pela via retal, chegando a introduzir seu dedo em uma delas", informou o MPRJ.
A Promotora de Justiça Débora Becker explicou como o denunciado conduzia os crimes. "Essas pacientes buscaram atendimento e foram convencidas a utilizar medicamentos, do qual elas sequer sabiam o nome. Mas [o médico] criava um cenário e falava que era um remédio experimental, que seria eficaz e atuaria de forma célere na melhoria dos sintomas. Então, elas eram convencidas a autorizar e [Emilio] se aproveitava para praticar os atos libidinosos", disse.
Emilio Pontes da Fonseca Junior responderá pelos crimes de violação sexual mediante fraude, potencializada pelo fato de ter sido cometido contra pacientes.
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