Casal foi localizado em um apartamento em Copacabana, em operação conjunta das polícias do RJ e DF; oito pessoas foram presas na ação Reginaldo Pimenta
Publicado 05/12/2023 09:00
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Rio - Em conjunto com a a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), a Polícia Civil do Distrito Federal realiza, nesta terça-feira (5), uma operação contra uma empresa agropecuária suspeita de tráfico interestadual de ketamina, anestésico veterinário. A distribuição dos remédios era feita para o Rio, Pará, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal. Até o momento, oito pessoas foram presas, sendo duas no Rio.
Segundo a polícia, Jeferson Almeida, de 33 anos e Isabel Souza Pinto, 29, são apontados como um dos maiores fornecedores dos medicamentos no Rio. O casal foi localizado em uma apartamento em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Eles são donos de um Pet Shop, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, o que facilitava a compra dos anestésicos.
De acordo com o delegado Alexandre Araújo do DF, a investigação visava identificar os responsáveis pelo transporte e revenda dos medicamentos. "Nós conseguimos descobrir que os traficantes tinham um ponto principal aqui no Rio e, através da investigação, identificamos que esses dois utilizavam a Pet Shop para poder comprar o medicamento e depois preparar a droga. Eles utilizavam a loja para dar legalidade ao produto, mas o destino final dele era para a fabricação do ecstasy, que tem como matéria-prima a ketamina", explicou.
As investigações apontam que a quadrilha criou a empresa em 2021, com sede em São Paulo, para comercializar os medicamentos controlados via postal. Segundo a polícia, o grupo investigado era o maior cliente de uma fabricante de ketamina. Apenas em 2022, foram adquiridos R$ 7 milhões em drogas.

A operação visa cumprir 23 mandados de busca e apreensão, seis de prisão, cinco apreensão de veículos e ordens para bloqueio de contas bancárias. Médicos veterinários e estabelecimentos que revendiam os remédios ilegalmente são alvos da ação.
A ketamina é uma medicação de uso veterinário. Usada em humanos, a substância induz um estado de transe, proporcionando alívio da dor, sedação, perda de memória e efeitos psicodislépticos (alucinação).
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