Caso foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi)Arquivo / Renan Areias / Agência O Dia
Publicado 12/12/2023 09:22
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Rio - Agentes da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) vão analisar imagens de câmeras de segurança de uma academia no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, para esclarecer a denúncia de racismo na lanchonete da unidade, na última sexta-feira (8). De acordo com a atendente do estabelecimento, uma major da Polícia Militar a chamou de "mucama", expressão que se refere ao período da escravidão.
A corporação informou, ainda, que a vítima, a agente e testemunhas serão ouvidas ao longo da investigação. 
De acordo com a denúncia, a atendente estava trabalhando quando a major da PM chegou com uma amiga e pediu um café e um capuccino. Ao se direcionar à funcionária, a denunciada a teria chamado de "mucama" mais de uma vez e reclamado da Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil.
A palavra "mucama" se refere a mulheres negras escravizadas que eram obrigadas a fazer serviços caseiros para pessoas brancas, além de passear e amamentar os filhos de seus patrões.
O caso foi registrado como Preconceito de Raça, Cor, Etnia, Religião ou Procedência Nacional. Segundo a Polícia Civil, a investigação está em andamento. Já a Polícia Militar informou que a Corregedoria da corporação abriu um procedimento para apurar o caso.
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