Secretário Municipal de Cultura do Rio, Marcelo Calero, faz visita a obra do Teatro ZiembinskiPedro Ivo/Agência O Dia
Publicado 12/12/2023 16:56
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Rio - Fechado desde o início da pandemia, em 2020, o Teatro Ziembinski, na altura da estação do Metrô São Francisco Xavier, na Tijuca, Zona Norte, passa por obras que prometem uma verdadeira repaginada não só no equipamento, mas também no entorno. O imóvel cor de grafite e atualmente envolto por mato terá a fachada colorida e ganhará gramado, novos brinquedos e um espaço de convivência que se estenderá por um platô em todo o quarteirão, inclusive sobre o Rio Trapicheiros, até a esquina com a Rua Alzira Brandão. O objetivo é deixar a área do teatro mais segura, confortável e com maior visibilidade.


O secretário municipal de Cultura do Rio, Marcelo Calero, esteve no local na manhã desta terça-feira (12) em uma visita às obras, que começaram no dia 4 de dezembro e têm previsão de serem entregues em seis meses. Calero explicou que a reforma do Ziembinski só foi possível porque a Prefeitura do Rio desapropriou o imóvel há cerca de dois meses.

"O imóvel era alugado. Isso representava um entrave burocrático porque nós não podíamos fazer o volume de obras que gostaríamos. Agora, ele pertence à prefeitura", explicou o secretário.
O equipamento foi incluído no programa de revitalização dos equipamentos de Cultura da prefeitura, o Cultura do Amanhã, que tem 22 projetos executivos no valor de R$ 70 milhões.
"Nós criamos um escritório de projetos, contratamos arquitetos e agora estamos executando", disse Calero. "A gente vai priorizando conforme disponibilidade orçamentária e o volume de obras necessárias em cada um. Pretendemos executar a maior parte desses projetos. Claro que há sempre entraves de ordem burocrática, administrativa, orçamentária, mas estamos em um ritmo muito apropriado. Estamos a um só tempo com sete equipamentos sendo reformados", completou o secretário municipal de Cultura.
Fachada do Teatro Ziembinski ganhará cor e praça revitalizadaReprodução
O coordenador de infraestrutura cultural da pasta, André Cavalcante, avaliou durante a visita que apesar do Ziembinski estar localizado na via principal, na Tijuca, a praça está degradada e o rio funciona como uma barreira para o teatro. Além disso, a fachada cinza deixa o teatro "quase invisível", ponderou.

"Vai virar uma grande praça muito mais integrada ao bairro. A prefeitura vai reformar toda a área e trazer cor para a fachada. No entorno, há muitas casas à venda e uma sensação de insegurança. O projeto de revitalização da praça onde fica o teatro inclui iluminação e uma arquitetura para transformar o local", acrescentou o coordenador.

O subprefeito da Grande Tijuca, Felipe Quintans, afirmou que a reforma pretende ser uma âncora para revitalizar a região. "A gente considera que essa área da Rua Heitor Beltrão está um pouco abandonada, precisando da volta do Ziembinski para trazer vida. A volta dos tijucanos para o espaço que será totalmente revitalizado, assim como a vinda de pessoas de qualquer local do Rio de Janeiro. Temos metrô na porta, bastante condução. Vai ficar maravilhoso para a Tijuca e para a cidade", disse o subprefeito.

Na lateral esquerda do imóvel do teatro, será construído um palco externo para eventos na praça com gramado e mobiliário infantil. O interior também será expandido para os fundos do lote, possibilitando um aumento de 50% da capacidade de público, que vai de 100 a 153 lugares. No térreo, haverá um café e, no nível do palco, um camarim e banheiro adaptados para pessoas com deficiência. A cabine de luz e som, que atualmente fica ao lado esquerdo da sala de teatro, será centralizada.

O andar superior, onde atualmente funciona uma sala antiga de ar-condicionado, será ocupado por uma sala de ensaio e para atividades administrativas. A escada interna que leva ao segundo piso será retirada e substituída por uma escada na área externa dos fundos do teatro.

Teatro Ipanema será rebatizado

Além do Ziembinski, o Teatro Ipanema, na Zona Sul do Rio, comprado pela prefeitura em 2012, também passa por obras de requalificação e modernização com previsão de entrega em meados de 2024. O equipamento será rebatizado com os nomes dos antigos sócios Rubens Corrêa e Ivan de Albuquerque.

Construído em terreno onde ficava a casa da mãe de Rubens Corrêa, o teatro levará o nome Teatro Rubens Corrêa e a sala de espetáculos será chamada de Ivan de Albuquerque.

"A requalificação do Teatro Ipanema, agora Teatro Rubens Corrêa, é mais que uma reforma. É uma homenagem à história e à memória teatral e cultural do Rio. Este empreendimento, parte do programa Cultura do Amanhã, reforça o compromisso da Prefeitura, com a arte acessível, democrática e com a preservação da nossa extensa rede de equipamentos culturais", afirmou o secretário Marcelo Calero.

Entre as melhorias estão modernização da fachada, do acesso principal e acessibilidade para público, artistas e equipe técnica, além de novas poltronas e poltronas para PcD, obesos e pessoas com mobilidade reduzida. Também fazem parte das entregas uma revisão no sistema de climatização e controle de incêndio, novo projeto de iluminação, reforma completa dos banheiros e novos camarins.

As obras do Ziembinski, fundado pelo ator e diretor Walmor Chagas, e do Teatro Ipanema somam quase R$5 milhões. A previsão é reabrir os dois teatros até meados de 2024.

A Areninha Cultural Terra, em Guadalupe, na Zona Norte, será inaugurada nesta terça-feira, com show gratuito de Caetano Veloso. A Areninha Herbert Vianna, na Maré, a Areninha Sandra Sá, em Santa Cruz, na Zona Oeste, e a João Bosco, em Vista Alegre, na Zona Norte, também já foram entregues. Em 2024, será a vez das Lonas Carlos Zéfiro, em Anchieta, e Jacob do Bandolim, em Jacarepaguá. Todas no âmbito do programa Cultura do Amanhã. O secretário Calero conta que o Teatro Carlos Gomes, no Centro, e o MUHCAB - Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira também serão contemplados.
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