Publicado 23/12/2023 17:19 | Atualizado 23/12/2023 17:53
Rio - Observar em monitores de unidades de saúde a alteração dos batimentos cardíacos de uma criança, reagindo positivamente à sua presença, e receber abraços e agradecimentos de adultos e idosos em hospitais, asilos e em diversos outros pontos da capital carioca faz parte do caldeirão de emoções que Aristóteles de Queiroz vive há 24 anos, desde que se engajou em ações sociais de corpo e alma.
No período das festas de dezembro, voluntariamente, o coordenador de infraestrutura e logística da Subsecretaria de Gestão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) cumpre uma agenda de solidariedade vestido com o tradicional manto vermelho e branco do Papai Noel.
Ao longo do ano, contudo, Ari (como é carinhosamente chamado por amigos e colegas de trabalho), de 60 anos, tira do armário sua coleção de fantasias de super-heróis e do Coelhinho da Páscoa e cruza a cidade para levar brinquedos, alimentos e toda sorte de doações, acolhimento e afeto a quem está mais vulnerável.
Em janeiro, o carioca completa 36 anos de trabalho na Prefeitura do Rio, onde seu engajamento costuma inspirar outras pessoas a batalhar por justiça social e a se aproximar da população carente. Nesta semana, a maratona de fim de ano de Ari começou com visitas natalinas à enfermaria pediátrica do Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, e ao Hospital Municipal Barata Ribeiro, na Mangueira, ambos na Zona Norte. Entre outras unidades, ele estará ainda no Hospital Maternidade Herculano Pinheiro, em Madureira, Zona Norte, e no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro.
Em janeiro, o carioca completa 36 anos de trabalho na Prefeitura do Rio, onde seu engajamento costuma inspirar outras pessoas a batalhar por justiça social e a se aproximar da população carente. Nesta semana, a maratona de fim de ano de Ari começou com visitas natalinas à enfermaria pediátrica do Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, e ao Hospital Municipal Barata Ribeiro, na Mangueira, ambos na Zona Norte. Entre outras unidades, ele estará ainda no Hospital Maternidade Herculano Pinheiro, em Madureira, Zona Norte, e no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro.
No Salgado Filho, ele fez a alegria dos pequenos com brinquedos e doces. Ao todo, 25 crianças internadas na pediatria foram presenteadas. O evento ficou ainda mais descontraído com músicas executadas pela banda da Guarda Municipal.
Antes da chegada do Papai Noel, funcionários da unidade fantasiados de duendes passaram pelas enfermarias convocando a criançada, que encheu os corredores de todo um andar com muita animação.
João Paulo Azevedo, pai da menina Julhy Mayara, de 8 anos, comentou a importância da ação: "Minha filha já está aqui há uns dias e a gente vai ficando agoniado de ficar aqui com ela deitada. Mas, hoje, ela brincou, sorriu e isso nos dá esperança. Agradeço muito ao hospital e ao funcionário que parou seu dia de trabalho para vestir a roupa de Papai Noel e veio aqui animar nossas crianças".
João Paulo Azevedo, pai da menina Julhy Mayara, de 8 anos, comentou a importância da ação: "Minha filha já está aqui há uns dias e a gente vai ficando agoniado de ficar aqui com ela deitada. Mas, hoje, ela brincou, sorriu e isso nos dá esperança. Agradeço muito ao hospital e ao funcionário que parou seu dia de trabalho para vestir a roupa de Papai Noel e veio aqui animar nossas crianças".
Julhy, que se emocionou durante o encontro, disse que o seu sonho era conhecer pessoalmente o maior símbolo do Natal. "Eu gostei de ver o Papai Noel, nunca tinha visto ele tão de perto. Ele é amor, dá carinho e traz presentes, coisas boas para as crianças".
"Em todas essas atividades sociais e de solidariedade, eu acabo recebendo muito mais do que sou capaz de oferecer. Eu experimento uma troca tão fantástica que fico em êxtase", contou Ari, acrescentando: "Posso chegar em uma unidade vestido de Papai Noel e ficar por mais de três horas, sem me cansar. Naquele momento, sou tomado por uma energia enorme", disse ele, que tem um filho adotivo, uma afilhada e seis netos.
"Em todas essas atividades sociais e de solidariedade, eu acabo recebendo muito mais do que sou capaz de oferecer. Eu experimento uma troca tão fantástica que fico em êxtase", contou Ari, acrescentando: "Posso chegar em uma unidade vestido de Papai Noel e ficar por mais de três horas, sem me cansar. Naquele momento, sou tomado por uma energia enorme", disse ele, que tem um filho adotivo, uma afilhada e seis netos.
No Barata Ribeiro, o Noel entrou nas enfermarias tocando o tradicional sininho e anunciando a distribuição dos presentes. Tanto os pacientes, a maioria idosos, quantos os seus acompanhantes ganharam kits de higiene e tiraram fotos com o visitante ilustre.
A paciente Ana Paula Simões ficou encantada com a chegada do bom velhinho, e o convidou para voltar e comer rabanada com ela no dia 25 de dezembro. "Estou internada aqui faz um tempo, amo o tratamento de todos os médicos, das enfermeiras. Não podia esperar uma ação diferente, trazendo o querido Papai Noel para nos visitar. É muito bom ver como eles se importam com a gente", disse Ana Paula.
Para o diretor do hospital, Luís Eduardo Japiassú, momentos como esse colaboram de maneira muito positiva no tratamento dos internados, fortalecendo a saúde mental e, como consequência, a física. “Nossos pacientes idosos sorriram como crianças, emocionando todos que estavam ao redor”, disse.
Emoção com o abraço de uma criança autista
Ari recorda situações em que sua aparição transformou o astral do ambiente: "Há alguns dias, em uma casa de festas no Engenho de Dentro, que reuniu pessoas atendidas em abrigos da prefeitura, fui abraçado por uma criança autista que, segundo profissionais que a acompanhavam, nunca havia sido vista abraçando alguém".
Emoção com o abraço de uma criança autista
Ari recorda situações em que sua aparição transformou o astral do ambiente: "Há alguns dias, em uma casa de festas no Engenho de Dentro, que reuniu pessoas atendidas em abrigos da prefeitura, fui abraçado por uma criança autista que, segundo profissionais que a acompanhavam, nunca havia sido vista abraçando alguém".
No último dia 21, no Jardim do Méier, na Zona Norte, Ari, vestido de Papai Noel, e alguns de seus companheiros da Secretaria Municipal de Saúde promoveram mais uma edição do projeto "Amar a Si", que desde agosto de 2022, ao menos uma vez por mês, entrega quentinhas para pessoas em situação de rua. As mesas montadas na praça com ceias natalinas foram reforçadas com panetones, rabanadas, frutas, refrigerantes, bolos, roupas, kits de higiene e presentes.
"Nada é por acaso. Ano passado, houve uma confraternização de aniversário de um profissional da prefeitura na qual tínhamos um rodízio de macarrão. Sobrou comida. Algumas pessoas levariam para suas casas. Mas eu resolvi juntar tudo em 30 quentinhas, e então esse movimento, o Amar a Si, começou e não parou mais. Agora, chegamos a entregar até 90 quentinhas", disse Ari.
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