Publicado 31/12/2023 19:23
Rio - Com 2023 chegando ao fim, cariocas e visitantes aproveitaram a tarde deste sábado (31) para celebrar a passagem de ano com oferendas a Iemanjá na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio. Frequentadores jogaram flores e tomaram banho de mar em meio à multidão que se formou para curtir a queima de fogos mais famosa do Brasil. fotogaleria
A idosa Mara Lourete, 71 anos, não deixa a data passar em branco. Ela já cumpre o ritual a 25 anos no mesmo lugar. Nesta tarde, repetiu a tradição de jogar sua rosa ao mar antes da meia noite.
Quem também aproveitou para realizar sua oferenda no último dia do ano foram os cariocas Eduardo Meireles, 52, e Rogério Jerônimo, 46. Enquanto realizavam uma cerimônia nas areias, aproveitaram para jogar suas flores ao mar e agradecer pelo ano que está terminando.
Tradição veio da Nigéria
Para os adeptos de religiões de matriz africana, Iemanjá, originária da tradição Iorubá da Nigéria, é uma divindade com natureza protetora e maternal. Nas praias do litoral brasileiro, especialmente no Rio de Janeiro, adeptos e simpatizantes se reúnem todos os anos para agradecer pelo ano que passou e pedir bênçãos para o ano que se inicia. As oferendas, que incluem flores, velas, champanhe, manjar, melão, entre outros, são lançadas ao mar como um gesto de gratidão e reverência.
O ritual no Réveillon tem um significado especial em Copacabana, um dos locais mais icônicos do Rio. Segundo o babalorixá Ivanir dos Santos, interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) e doutor em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), aponta que o famoso Réveillon de Copacabana tem suas raízes nas práticas dos seguidores de religiões afro-brasileiras. Até meados dos anos 1990, a celebração era marcada por pessoas que compartilhavam alimentos e faziam oferendas a Iemanjá.
A transformação do evento começou em 1987, com a iniciativa do antigo Hotel Le Méridien (hoje Hotel Hilton) de realizar uma queima de fogos. Esse espetáculo pirotécnico se tornaria uma característica permanente do Réveillon carioca, atraindo atenção mundial e solidificando a posição da cidade como um dos principais destinos para as celebrações de Ano Novo. Com o tempo, a festa popular, que tinha raízes nas tradições umbandistas, ganhou novos contornos, misturando-se com elementos mais comerciais e turísticos.
Para os adeptos de religiões de matriz africana, Iemanjá, originária da tradição Iorubá da Nigéria, é uma divindade com natureza protetora e maternal. Nas praias do litoral brasileiro, especialmente no Rio de Janeiro, adeptos e simpatizantes se reúnem todos os anos para agradecer pelo ano que passou e pedir bênçãos para o ano que se inicia. As oferendas, que incluem flores, velas, champanhe, manjar, melão, entre outros, são lançadas ao mar como um gesto de gratidão e reverência.
O ritual no Réveillon tem um significado especial em Copacabana, um dos locais mais icônicos do Rio. Segundo o babalorixá Ivanir dos Santos, interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) e doutor em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), aponta que o famoso Réveillon de Copacabana tem suas raízes nas práticas dos seguidores de religiões afro-brasileiras. Até meados dos anos 1990, a celebração era marcada por pessoas que compartilhavam alimentos e faziam oferendas a Iemanjá.
A transformação do evento começou em 1987, com a iniciativa do antigo Hotel Le Méridien (hoje Hotel Hilton) de realizar uma queima de fogos. Esse espetáculo pirotécnico se tornaria uma característica permanente do Réveillon carioca, atraindo atenção mundial e solidificando a posição da cidade como um dos principais destinos para as celebrações de Ano Novo. Com o tempo, a festa popular, que tinha raízes nas tradições umbandistas, ganhou novos contornos, misturando-se com elementos mais comerciais e turísticos.
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