Publicado 06/01/2024 14:10
Rio - A família do menino Edson Davi Silva de Almeida, 6 anos, recebeu a informação que a criança estaria em uma lanchonete da rede McDonald's, na Avenida Ayrton Serra, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, neste sábado. No início da tarde, por volta de 12h40, os familiares se dirigiram para um posto de gasolina na via e, posteriormente, à lanchonete. No entanto, o menino não estava no local.
Por meio de uma foto enviada à família do menino, o pai da criança afirmou ao DIA que se trata do seu filho Edson Davi. "É ele sim, com certeza", disse. Após o recebimento das imagens, a mãe e o pai da criança chegaram a comemorar na areia da Praia da Barra, onde acompanham as buscas. No entanto, a Polícia Ciivl continua investigando o paradeiro de Edson Davi. O Corpo de Bombeiros segue fazendo buscas no mar da Praia da Barra, que já completaram 24 horas. A criança foi vista pela última quando brincava na areia com duas crianças e um homem estrangeiro, próximo à barraca da família, no momento em que o pai atendia clientes.
O entregador Antônio Celso de Souza gravou um vídeo de um menino com uma família no restaurante, após achá-lo parecido com Edson Davi. "Eu estava esperando um pedido no local e gravei um vídeo para mostrar à minha namorada, porque achei o menino parecido com ele. Mandei para a minha namorada, ela também achou parecido e me disse para ligar para a polícia e avisá-los. Não vi nenhuma viatura por perto para avisar. Quando peguei o pedido, avisei à gerente que o garoto se parecia muito com ele (Edson Davi) e pedi que ela ligasse para a polícia. Os funcionários viram que era um casal e pegaram a placa do carro deles. Era um homem grisalho, aparentando 40 anos, e uma mulher de cabelo preto e curto. Eles estavam com outro menino também", disse.
"Quando mandei o vídeo para minha namorada, ela comunicou à família. Acho que eles devem ter percebido a movimentação e foram embora. Acredito que a polícia está fazendo a perícia (no restaurante)", acrescentou.
Criança pediu prancha emprestada
Novas imagens divulgadas pela Polícia Civil mostram que Edson Davi pediu uma prancha de bodyboard emprestada pouco antes de desaparecer. De acordo com o dono de uma barraca próxima a dos familiares, conhecido como Alemão, a criança pediu a prancha emprestada, mas ele não tinha mais o equipamento e disse para o menino falar com outro barraqueiro.
Entretanto, por conta das condições do mar, que estava revolto e com ondas grandes, o homem negou. Em seguida, Édson Davi teria voltada para perto do pai. "Ele não foi para o mar, ele é um menino educado demais, inteligente demais, eu não creio nisso, não", afirmou.
O caso é investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) e uma das linhas de investigação é de que a criança tenha se afogado e, por isso, o Corpo de Bombeiros realiza buscas na praia. Os trabalhos começaram na sexta-feira (5) e foram retomados na manhã deste sábado (6), partindo do posto 4, onde ele foi visto pela última vez, se estendendo por toda a orla, com drones, helicóptero, motos aquáticas, mergulhadores, além de um triciclo.
Os familiares não acreditam que ele tenha entrado no mar, mas que foi sequestrado pelo estrangeiro com quem brincava antes de sumir. A mãe organiza uma manifestação na praia, neste domingo (7), às 9h. Em imagens obtidas pela Polícia Civil, o menino aparece andando sozinho por um trecho no calçadão da praia, de cerca de 100 metros, no dia de seu desaparecimento. Posteriormente, a criança conversa com um homem e volta para a areia. A gravação é de uma câmera de um quiosque próximo à barraca dos pais de Édson Davi. Horas depois, parentes aparecem no estabelecimento o procurando.
Em depoimento à DDPA, um funcionário que trabalha na barraca dos pais relatou que presenciou o suposto estrangeiro brincando de futebol com a criança e descreveu as características dele. Samuel Barbosa Tenório disse que o homem aparentava 40 anos e tem cabelos grisalhos e que conseguiria reconhecer o suspeito do possível sequestro. Mas, as informações não foram suficientes para os investigadores fazerem um retrato falado.
Um vídeo curto gravado pelo celular do pai mostra Édson Davi momentos antes de desaparecer, usando uma camisa de manga térmica, na cor preta. Ele também vestia uma bermuda preta e estava descalço. O Programa Desaparecidos divulgou um cartaz onde busca informações sobre o paradeiro da criança. O Disque Denúncia recebe informações pela Central de Atendimento, nos telefones (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177; pelo WhatsApp Anonimizado, no (21) 2253-1177; pelo WhatsApp dos Desaparecidos, no (21) 98849-6254; e por meio do aplicativo Disque Denúncia RJ. O anonimato é garantido.
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