Ministério Público do Rio (MPRJ) e Polícia Civil cumprem mandados de prisão contra integrantes da milícia de QueimadosPedro Ivo / Agência O Dia
Publicado 17/01/2024 08:09 | Atualizado 17/01/2024 14:43
Rio - O Ministério Público do Rio (MPRJ) e a Polícia Civil realizam, na manhã desta quarta-feira (17), uma operação para cumprir cinco mandados de prisão e 36 de busca e apreensão contra integrantes de milícia de Queimados, Baixada Fluminense. Segundo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPRJ, a ação mira 37 pessoas que foram denunciadas pela prática de crime de constituição de milícia privada.
O trabalho é a segunda etapa da operação Hunter, deflagrada em julho de 2019, contra a mesma milícia de Queimados. Os mandados emitidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa estão sendo cumpridos também nas cidades de Nova Iguaçu, Seropédica e em bairros da capital: Todos os Santos, Bangu e Gardênia Azul.
Parte dos mandados também mira alvos que já estão presos no sistema penitenciário, como o miliciano Daniel da Silva França, conhecido como “França”, preso no dia 09 de janeiro. O criminoso se deslocava para um confronto com uma facção rival, em poder de farto armamento bélico, na companhia de outros aliados quando foi encontrado.
De acordo com investigações do MPRJ, o miliciano buscava uma suposta expansão territorial aderindo uma região de Campo Grande, Zona Oeste do Rio, à sua área de comando em Queimados. Para isso, o grupo paramilitar liderado por França, conhecido como "A Firma", assumiria a operação de outra milícia chamada de "Belmonte”.
Na área de atuação do grupo, os investigadores do Gaeco identificaram cobranças de "taxas" de diversos serviços, homicídios, extorsões e agiotagem. Mototaxistas são obrigados a pagar para circular na região, assim como moradores de condomínios são forçados a pagar uma "taxa de segurança".
Ainda segundo o Gaeco, o grupo também ampliou as ações criminosas dominando o fornecimento de produtos e serviços, como a venda de cestas básicas, energia elétrica, botijão de gás, tv e internet clandestina (gato net) e até kits de churrasco.  

O nome Hunter faz alusão em inglês ao objetivo da operação que é seguir realizando ações para combater o grupo de milicianos que se autointitulam “caçadores de ganso”. Ganso é o termo informalmente utilizado para definir criminosos.
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