Publicado 17/01/2024 17:08
Rio - A Polícia Civil investiga uma denúncia de negligência do Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, durante um parto realizado no domingo passado (14). Segundo a denúncia feita pelos pais da bebê, que morreu logo após o procedimento, não havia obstetra na sala de parto. Renato Gonçalves e Monique Silva, pais da pequena Cecília, procuraram a 64ª DP (São João de Meriti) para registrar o caso.
Na certidão de óbito consta que a causa da morte foi asfixia perinatal, em decorrência de diabetes materno. A família, no entanto, contesta o laudo, que foi atualizado. Agora, a causa do óbito será investigada. A Polícia Civil solicitou exame de necropsia. Testemunhas, dentre elas funcionários do hospital, também serão ouvidas nos próximos dias.
Ao DIA, Márcia, tia da criança, afirmou que tinha obstetra no plantão, mas na hora do parto não havia um na sala e que por isso o procedimento foi realizado por uma enfermeira. "Tinha obstetra, não estava faltando, mas não teve obstetra na sala do pré-parto. Era por volta de uma hora da madrugada, então devia estar dormindo", supõe a tia.
Ainda segundo a familiar, na sala tinha uma enfermeira que o hospital diz ser capacitada para realizar o parto. "Se era capacitada, por que não fez o corte para a criança sair? A equipe ligou para a obstetra e para a pediatra do plantão, mas não atenderam. Eles correram, mas aí foi tarde demais", detalhou Márcia.
O corpo de Cecilia passou pelo exame de necropsia e foi liberado do Instituto Médico Legal (IML) em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O sepultamento do bebê aconteceu na tarde desta quarta-feira (17), no Cemitério da Vila Rosali, em São João de Meriti.
A reportagem de O DIA tenta contato com a direção do Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.