Publicado 29/01/2024 17:37
Rio - Dois ônibus foram incendiados por criminosos, na tarde desta segunda-feira (29), após perceberem a presença de um blindado da Polícia Militar na comunidade do Barro Vermelho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Imagens que circulam pelas redes sociais mostraram as chamas que atingiram os veículos, deixando uma coluna de fumaça preta no céu. Os incêndios causaram transtornos no trânsito da região e deixaram motoristas assustados.
De acordo com a Polícia Militar, um veículo blindado da corporação sofreu uma falha mecânica durante um patrulhamento, o que gerou a represália dos criminosos. Informações de inteligência da corporação apontaram que suspeitos, após terem avistado a presença do blindado, incendiaram os coletivos na tentativa de fechar os acessos à comunidade.
Segundo o aplicativo Onde Tem Tiroteio (OTT), por volta das 15h55, foram registrados disparos na proximidade da comunidade Barro Vermelho. A PM, por sua vez, afirma que não houve confronto de agentes com criminosos e nem operações policiais na região nesta segunda.
Os militares do Corpo de Bombeiros foram acionados para conter o avanço das chamas. O policiamento segue reforçado na região pelo 15°BPM (Duque de Caxias).
Apesar dos transtornos no trânsito, não houve o fechamento dos comércios locais. Por outro lado, o Terminal Rodoviário de Caxias ficou lotado e sem ônibus, já que muitas empresas recolheram suas frotas por medida de segurança.
Nesta tarde, a empresa Transportes Flores interrompeu, por medida de segurança, a circulação dos ônibus das linhas 446I (Duque de Caxias x Parque São Vicente), 115I (Duque de Caxias x Nova Iguaçu) e 116I (Duque de Caxias x Nova Iguaçu). Já os ônibus das linhas 450I (Nova Iguaçu x Parque São José) e 451I (Nova Iguaçu x Paque São José) estariam trafegando, temporariamente, somente até a Rodoviária do Parque São José. O serviço ficou parado por cerca de uma hora.
A ausência dos ônibus causou dificuldade na volta para casa da população, que teve que recorrer a transportes por aplicativo.
"Se aquele moto Uber não me traz pra casa, hoje eu ia ter que dormir por Caxias! Que caos", afirmou uma mulher que não conseguiu usar transporte público da cidade, nas redes sociais.
Em nota, a Federação das Empresas de Mobilidade do Estado do Rio de Janeiro (Semove), que representa 184 empresas em todo o Estado, repudiou os ataques criminosos aos dois ônibus, que seriam novos, da empresa Santo Antônio. Em quinze dias, já são quatro casos de incêndios a ônibus registrados neste primeiro mês do ano no Estado do Rio.
"Nos últimos dez anos, foram inutilizados 269 ônibus por incêndios criminosos. A inexistência de seguro para este tipo de prejuízo inviabiliza o investimento na renovação da frota e prejudica diretamente a população", dizia a nota.
Ainda segundo a federação, o custo para reposição dos veículos incendiados desde 2014 soma, em valores atuais, pouco mais de R$ 212 milhões. "É importante destacar que um ônibus incendiado deixa de transportar cerca de 70 mil passageiros em seis meses, tempo mínimo para que haja a reposição de um veículo no sistema de transporte", destacou.
A Semove também pediu a colaboração da população com informações que levem aos autores dos ataques por meio do Disque Denúncia, para que sejam levadas diretamente às forças de segurança. O anonimato é garantido pelo número 2253-1177.
"Nos últimos dez anos, foram inutilizados 269 ônibus por incêndios criminosos. A inexistência de seguro para este tipo de prejuízo inviabiliza o investimento na renovação da frota e prejudica diretamente a população", dizia a nota.
Ainda segundo a federação, o custo para reposição dos veículos incendiados desde 2014 soma, em valores atuais, pouco mais de R$ 212 milhões. "É importante destacar que um ônibus incendiado deixa de transportar cerca de 70 mil passageiros em seis meses, tempo mínimo para que haja a reposição de um veículo no sistema de transporte", destacou.
A Semove também pediu a colaboração da população com informações que levem aos autores dos ataques por meio do Disque Denúncia, para que sejam levadas diretamente às forças de segurança. O anonimato é garantido pelo número 2253-1177.
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