Publicado 07/02/2024 15:38 | Atualizado 07/02/2024 15:48
Rio - Um idoso, de 68 anos, registrou um boletim de ocorrência contra um empresário por estelionato após ter um prejuízo de R$ 130 mil depois de uma troca de veículos em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A vítima recebeu do suspeito um carro que era de uma locadora e teve que devolvê-lo, ficando sem veículo e sem o dinheiro a ser entregue.
O registro foi realizado na 76ª DP (Niterói) no dia 26 de janeiro. De acordo com a denúncia, Cornélio dos Santos era proprietário de um carro Toyota Corolla, do ano de 2017/2018 e fez uma troca com um empresário, de 32 anos, por um Chevrolet Tracker ano 2023/2024, no mês de outubro do ano passado. A vítima ainda deu para o suspeito uma quantia de R$ 20 mil em dinheiro para abater a diferença dos valores dos veículos.
Um mês depois da troca, Cornélio foi procurado por um funcionário de uma empresa de aluguel de carros que disse que o veículo que estava em sua posse pertencia àquela empresa e que teria que ser levado de volta porque o aluguel estava em atraso.
Em depoimento, Cornélio disse que devolveu o carro e o acusado disse que ia comprar outro carro no mesmo valor para ressarci-lo, pois o veículo que era de Cornélio já havia sido vendido a um terceiro.
Aos policiais, o empresário disse que precisava de dinheiro para investir na sua empresa prestadora de serviços e, por isso, fez a transação com o idoso. Além disso, ele revelou que tinha a intenção de comprar o carro que era alugado, mas só poderia fazer isso depois de um ano com o veículo. Com uma situação financeira ruim, o empresário acabou atrasando o pagamento do aluguel do carro e foi assim que Cornélio descobriu sobre o fato.
O idoso decidiu não representar criminalmente contra o suspeito, pois ambos se conhecem e ele acreditava que o empresário conseguiria seu dinheiro de volta. Contudo, o advogado Daniel Aguiar, que representa a vítima, disse ao DIA, nesta quarta-feira (7) que o idoso ainda não foi ressarcido. A defesa chegou a registrar uma notícia-crime contra o empresário no Ministério Público do Rio (MPRJ).
"Uma vez que ele não foi autuado em flagrante delito, o delegado não o deixou preso, mas eu já tratei de distribuir uma noticia crime ao Ministério Público de Niterói e paralelamente protocolizei um pedido de Busca e Apreensão do veículo do Cornélio. Note que ele incorreu em dois delitos, um de estelionato e outro de falsificação de documento público. O Cornélio na perspectiva de ser ressarcido, em princípio não representou criminalmente contra ele, porém, como era de se esperar, até agora não foi ressarcido", disse Aguiar.
Questionada sobre o assunto, a Polícia Civil não respondeu. O espaço está aberto para manifestação.
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