Publicado 20/02/2024 09:02
Rio - O motorista de uma van foi feito refém, na manhã desta terça-feira (20), durante uma perseguição policial na Zona Norte do Rio. A vítima seguia em direção ao Aeroporto do Galeão quando foi abordada por criminosos, próximo ao Complexo da Maré. Uma viatura da PM foi acionada e montou um cerco na Rua Cardoso de Morais, em Ramos, onde houve uma intensa troca de tiros entre os bandidos e os policiais. Um dos suspeitos foi baleado e uma mulher que passava pelo local também ficou ferida ao ser atingida de raspão na cabeça.
A filha do dono da empresa de vans AJSP Turismo, Ana Clara Antônio, de 24 anos, contou que o motorista ia ao aeroporto para buscar uma tripulação da companhia Copa Airlines quando foi rendido. "Fizeram ele de refém e vieram trazendo ele até aqui em Ramos. Mas, uma viatura viu tudo e veio perseguindo e trocando tiros até esse ponto, onde a van bateu na árvore. O motorista não ficou ferido, mas ficou muito nervoso e tá com o psicológico abalado" disse em entrevista ao DIA.
O criminosos ferido foi socorrido e encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Manguinhos. A mulher, atingida de raspão, foi levada para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Não há informações sobre o quadro de saúde da vítima.
Com o bandido, os agentes apreenderam uma arma. A PM informou que o policiamento foi reforçado na região e os agentes realizam buscas pelos suspeitos que conseguiram fugir. A ocorrência foi registrada na 21ª DP (Bonsucesso).
Roubos Frequentes
Com intuito de inibir os assaltos, o dono da empresa optou por utilizar um mecanismo que consiste na mesma tecnologia de gravação de chassis para identificar as peças das vans, inviabilizando o comércio ilegal das peças e assim evitando o roubo dele acontecer. No entanto, em menos de um ano, três vans da empresa AJSP Turismo foram roubadas no Rio.
Ana Clara explicou que todos os veículos da empresa possuem essa vacina contra roubo. As placas são colocadas em todas as peças. Segundo ela, o objetivo dos criminosos é roubar as vans de turismo para depois vender e alimentar o uso das vans que fazem o transporte alternativo.
"Normalmente, nesses lugares de desmanche, eles têm menos de 24 horas para fazer e já vender. Com essas marcas, eles demoram mais. Mas, mesmo assim, eles roubaram. O que acontece é que eles fazem o roubo dessas vans de turismo e fretamento para alimentar as vans que fazem o transporte alternativo. Eles compram essas peças paralelas e roubadas e colocam nas suas vans. Por isso, acontece muito esses assaltos", explicou.
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