Publicado 20/02/2024 11:44 | Atualizado 20/02/2024 14:18
Rio - Amigos e familiares do operador de máquinas Ricardo Santos da Silva, de 38 anos, realizaram, nesta segunda-feira (19), um protesto na porta da empresa Rica Alimentos, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Parentes alegam que o rapaz morreu, na última sexta-feira (16), após receber uma descarga elétrica ao manusear um equipamento que estava molhado e com fios desencapados. Um colega que tentou ajudar também levou um choque.
Ricardo foi socorrido por uma técnica em Segurança do Trabalho da empresa e encaminhado ao Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. No entanto, não resistiu. A família alega que a mulher omitiu a informação da descarga elétrica. O irmão da vítima, Leonardo Santos da Silva, de 37 anos, contou que só soube da morte através de colegas. Segundo ele, a empresa não se prontificou a notificar a sobre o ocorrido.
"A gente tá tentando provar que ele tomou um choque porque quando chegamos no Lourenço Jorge, o pessoal da segurança do trabalho da Rica disse que meu irmão teve um mal súbito. O lugar que ele trabalhava tava com muita água porque tinha um ralo entupido e tinha alguns fios desencapados. Eu falei ontem com o rapaz que tentou salvar o meu irmão, ele disse que meu irmão tentava puxar ar, mas não conseguia. Ele ainda falou que quando tentou tirar meu irmão, tomou choque também", disse em entrevista ao DIA.
Ricardo trabalhava na empresa há 15 anos após ser indicado pelo próprio irmão, que também atuou como operador de máquinas no local. De acordo com Leonardo, o rapaz era um funcionário exemplar. "O meu objetivo é Justiça pelo meu irmão, ele deu o sangue dele por 15 anos lá. Só quero que eles zelem mais pelos funcionários deles porque pode acontecer com qualquer um. Eles só pensam na produção e não estão nem aí para os funcionários. Meu irmão não faltava, não chegava atrasado e dava o sangue pela empresa. Só queria que eles fossem sinceros e falassem a verdade", ressaltou emocionado.
Ani Luizi, advogada que representa a família de Ricardo, disse que já está em contato com representantes do Sindicato dos Trabalhadores para formalizar uma denúncia ao Ministério do Trabalho informando o corrido. O intuito é fazer com que as condições de trabalho dos funcionários da empresa sejam verificadas. Ainda segundo a advogada, o laudo que comprova a causa de morte do rapaz ficará pronto em 15 dias.
O corpo do operador de máquinas foi enterrado nesta segunda-feira (19), no Cemitério do Pechincha, em Jacarepaguá. Ele deixa um filho de 15 anos.
Ricardo foi socorrido por uma técnica em Segurança do Trabalho da empresa e encaminhado ao Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. No entanto, não resistiu. A família alega que a mulher omitiu a informação da descarga elétrica. O irmão da vítima, Leonardo Santos da Silva, de 37 anos, contou que só soube da morte através de colegas. Segundo ele, a empresa não se prontificou a notificar a sobre o ocorrido.
"A gente tá tentando provar que ele tomou um choque porque quando chegamos no Lourenço Jorge, o pessoal da segurança do trabalho da Rica disse que meu irmão teve um mal súbito. O lugar que ele trabalhava tava com muita água porque tinha um ralo entupido e tinha alguns fios desencapados. Eu falei ontem com o rapaz que tentou salvar o meu irmão, ele disse que meu irmão tentava puxar ar, mas não conseguia. Ele ainda falou que quando tentou tirar meu irmão, tomou choque também", disse em entrevista ao DIA.
Ricardo trabalhava na empresa há 15 anos após ser indicado pelo próprio irmão, que também atuou como operador de máquinas no local. De acordo com Leonardo, o rapaz era um funcionário exemplar. "O meu objetivo é Justiça pelo meu irmão, ele deu o sangue dele por 15 anos lá. Só quero que eles zelem mais pelos funcionários deles porque pode acontecer com qualquer um. Eles só pensam na produção e não estão nem aí para os funcionários. Meu irmão não faltava, não chegava atrasado e dava o sangue pela empresa. Só queria que eles fossem sinceros e falassem a verdade", ressaltou emocionado.
Ani Luizi, advogada que representa a família de Ricardo, disse que já está em contato com representantes do Sindicato dos Trabalhadores para formalizar uma denúncia ao Ministério do Trabalho informando o corrido. O intuito é fazer com que as condições de trabalho dos funcionários da empresa sejam verificadas. Ainda segundo a advogada, o laudo que comprova a causa de morte do rapaz ficará pronto em 15 dias.
O corpo do operador de máquinas foi enterrado nesta segunda-feira (19), no Cemitério do Pechincha, em Jacarepaguá. Ele deixa um filho de 15 anos.
A família registrou o caso na 16ª DP (Barra da Tijuca). Em nota, a Polícia Civil informou que diligências estão em andamento para esclarecer a morte do rapaz.
Procurada pelo DIA, a Rica Alimentos disse que Ricardo compareceu ao local de trabalho na respectiva data e ao final do expediente, acabou desacordado no local. A empresa informou, ainda, que imediatamente seu colega de trabalho o avistou e deu início ao procedimento de socorro. "Os brigadistas de plantão prestaram os primeiros socorros e em cerca de 4 minutos foi feito o encaminhamento na ambulância da empresa para o Hospital Lourenço Jorge, onde foi prontamente atendido e realizado o procedimento de reanimação. Lamentavelmente, os médicos não conseguiram reverter o quadro, declarando o óbito", diz trecho do comunicado.
Segundo a Rica Alimentos, as despesas funerárias foram custeadas pela empresa. Disse, ainda, que colabora com as investigações para a completa elucidação dos fatos e que a família do rapaz foi recebida e ouvida no nesta segunda-feira (19) para esclarecimentos gerais.
Em outro trecho, a empresa disse que reitera seu compromisso com a segurança e o bem-estar de todos os seus colaboradores. "Neste momento de luto, nossos pensamentos estão com a família, amigos e colegas do colaborador. A empresa se compromete a manter todos informados sobre quaisquer novos desenvolvimentos relacionados a este triste evento", finaliza a nota.
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