Agentes encontraram um galpão com toneladas de suplementos falsificadosDivulgação / PCERJ
Publicado 20/02/2024 12:56
Rio - Policiais da Divisão de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) cumpriram, na manhã desta terça-feira (20), mandados de busca e apreensão contra uma quadrilha especializada na produção e venda de suplementos alimentares falsificados. Os agentes foram nos endereços vinculados ao grupo em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Parada de Lucas, na Zona Norte, Cabo Frio e São Pedro D'Aldeia, na Região dos Lagos. Um dos investigados foi preso em flagrante.
Com o apoio de delegacias do Departamento Geral de Polícia Especializada (DPGE), a equipe do DRCPIM começou as investigações depois da denúncia de uma plataforma de venda de produtos online, que relatou estar recebendo reclamações de consumidores. Segundo a Polícia Civil, os produtos eram comercializados como suplementos de marcas famosas, como Ômega 3, Q10, além de outras que prometiam curar cegueira, catarata e surdez.

A Polícia Civil ainda informou que os suspeitos ostentavam carros de luxo e uma vida de alto padrão nas redes sociais. Os lucros com a comercialização dos produtos eram tão altos, que, segundo a polícia, eles estavam prestes a abrir uma farmácia em Duque de Caxias. No entanto, os policiais realizaram busca e apreensão no estabelecimento, que era utilizado para manipulação e produção das substâncias. No local, foram apreendidos insumos químicos, equipamentos e maquinário para produção de cápsulas.

Ao todo, na operação desta terça-feira, a Polícia Civil afirmou que foram apreendidos maquinários, embalagens, rótulos e substâncias para produção dos suplementos falsos. Além disso, os agentes encontraram celulares, computadores e veículos. Em um galpão, toneladas de produtos adulterados de marcas famosas, que estavam prontos para venda, também foram apreendidos.

A utilização desses suplementos falsificados pode causar danos irreversíveis à saúde, uma vez que são produzidos sem seguir normas sanitárias, além de ser desconhecido o tipo de produto que é colocado nas cápsulas. Procurados, o Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não se manifestaram sobre o caso. O espaço segue aberto para manifestação.
O preso, que não teve a identidade revelada, foi levado para a DRCPIM, onde ficará à disposição da Justiça. A Polícia Civil informou ainda que todo material apreendido será encaminhado para a perícia e, posteriormente, será destruído. Os investigados podem responder por associação criminosa e crimes contra a saúde pública e o consumidor.
Em nota, o Conselho Regional de Farmácia do Estado do Rio de Janeiro (CRF/RJ) reforçou à população a importância de adquirir medicamentos e produtos para saúde somente em farmácias regularizadas e com a presença de um profissional farmacêutico responsável técnico.

"Diante das recentes operações policiais que desmantelaram quadrilhas especializadas na produção e venda de suplementos falsificados, alertamos para a necessidade de desconfiar de produtos que prometem resultados milagrosos, especialmente aqueles vendidos de forma clandestina ou sem registro", disse.

O Conselho pontuou ainda a que "que apenas medicamentos e produtos para saúde aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) devem ser consumidos" e que consumir produtos falsificados ou de origem duvidosa pode representar sérios riscos à saúde.

Procurada, a Anvisa ainda não se posicionou.
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