A denúncia do local irregular chegou ao Inea, que comunicou a DPMADivulgação
Publicado 20/02/2024 17:57 | Atualizado 20/02/2024 18:03
Rio - Uma carvoaria clandestina foi fechada pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) na manhã desta terça-feira (20), dentro da reserva Biológica do Tinguá, uma área de mata no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Cinco pessoas que trabalhavam no local foram levadas para a especializada pelos agentes, que conduziram as investigações após receberem uma denúncia anônima. A ação contou com o apoio do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas)

No local, a equipe encontrou cinco dos oito fornos existentes acesos. Lá eram produzidos os carvões a partir de madeira retirada da natureza de forma ilegal. Nesse espaço também havia vários sacos de carvões sem procedência e que estavam prontos para serem comercializados, além de pedaços de madeira.
Os agentes flagraram quatro homens e uma mulher, funcionários da carvoaria, que foram levados à DPMA, onde prestaram esclarecimentos. Segundo a polícia, esses trabalhadores não usavam nenhum tipo de equipamento de proteção e não tinham direitos trabalhistas assegurados.
As investigações começaram a partir de uma denúncia recebida pela especializada. Com base nos resultados de monitoramento, inclusive com uso de drone, os agentes flagraram a carvoaria em plena atividade em uma área de reserva biológica já desmatada e localizada entre os bairros de Xerém e Amapá.

"A ação foi desencadeada a partir de um trabalho investigativo, após várias semanas de monitoramento. Com esse levantamento, foi possível descobrir o horário que a atividade era praticada e assim flagrar essa irregularidade. Os fornos serão destruídos e continuaremos mantendo a vigilância desse local a fim de impedir a reincidência", disse o vice-governador e secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha.
Os presos foram encaminhados à delegacia e vão passar por audiência de custódia. Eles vão responder pelos crimes de associação criminosa, poluição atmosférica, produção clandestina de carvão, destruição de floresta e uso de recurso mineral sem licença. As investigações seguem para identificar outros envolvidos, entre eles as pessoas que compram o carvão de procedência ilegal.
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