Publicado 21/02/2024 17:32
Rio - O plenário do Conselho Federal de Medicina decidiu, por unanimidade, pela cassação do Registro Profissional de Jairo Souza Santos Junior, o ex-vereador Dr. Jairinho, por infração ao Código de Ética Médica no caso da morte do menino Henry. O julgamento foi realizado nesta terça-feira (20) e, ainda nesta semana, a decisão será encaminhada pelo CFM para divulgação no Diário Oficial, conforme previsto no código ético do órgão.
Desde junho de 2021, Jairinho está impedido de exercer a profissão. Em março de 2023, o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) já havia cassado, por unanimidade, o registro de Jairinho. Em julho, o próprio Cremerj negou o primeiro recurso. Agora, com a decisão do Conselho Federal, que confirmou a posição do Cremerj, Jairinho não pode mais recorrer ao órgão que regula o exercício da profissão.
Leniel Boriel, pai de Henry, celebrou a decisão do CFM: "Hoje, vimos mais um capítulo da justiça sendo feita pelo nosso Henry. A cassação do CRM do Jairo, a interdição cautelar total e a perda da possibilidade de exercer medicina talvez seja uma das maiores penas deste monstro cruel. A decisão que o Conselho Federal de Medicina é exemplar e em prol da sociedade, devido ao covarde assassinato do meu filhinho e as demais acusações claras contra esse assassino. Espero agora que o Tribunal do Júri também faça a sua parte: justiça por uma criança brutalmente assassinada com a participação da mãe e do padrasto".
O advogado de Jairinho, Claudio Dalledone, disse à imprensa que "vai buscar, pelos meios legais, a reversão dessa decisão".
Relembre o caso
Desde junho de 2021, Jairinho está impedido de exercer a profissão. Em março de 2023, o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) já havia cassado, por unanimidade, o registro de Jairinho. Em julho, o próprio Cremerj negou o primeiro recurso. Agora, com a decisão do Conselho Federal, que confirmou a posição do Cremerj, Jairinho não pode mais recorrer ao órgão que regula o exercício da profissão.
Leniel Boriel, pai de Henry, celebrou a decisão do CFM: "Hoje, vimos mais um capítulo da justiça sendo feita pelo nosso Henry. A cassação do CRM do Jairo, a interdição cautelar total e a perda da possibilidade de exercer medicina talvez seja uma das maiores penas deste monstro cruel. A decisão que o Conselho Federal de Medicina é exemplar e em prol da sociedade, devido ao covarde assassinato do meu filhinho e as demais acusações claras contra esse assassino. Espero agora que o Tribunal do Júri também faça a sua parte: justiça por uma criança brutalmente assassinada com a participação da mãe e do padrasto".
O advogado de Jairinho, Claudio Dalledone, disse à imprensa que "vai buscar, pelos meios legais, a reversão dessa decisão".
Relembre o caso
Henry Borel morreu em 8 de março de 2021, aos 4 anos. Segundo a polícia, a criança sofreu 23 lesões por "ação violenta". A causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente, afirma o laudo.
No dia da morte, o menino chegou a ser levado por Monique Medeiros e Jairinho ao hospital. Ambos alegaram que ele havia sofrido um acidente doméstico. Segundo o MP, porém, Henry foi morto por motivo torpe, já que Jairinho acreditava que o menino atrapalhava a relação do casal.
O médico e ex-vereador foi preso em abril de 2021. Ele foi indiciado por homicídio triplamente qualificado. A mãe da criança, Monique Medeiros, também foi presa pelo mesmo crime, suspeita de omissão. Eles irão a júri popular pelos crimes. Jairinho já havia tido o mandato de vereador cassado pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro em junho de 2021.
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