Publicado 28/02/2024 16:09 | Atualizado 28/02/2024 18:58
Rio - Fabiane Canuto é professora do berçário 2 na creche Chácara do Céu, no topo do Morro do Borel, na Tijuca, Zona Norte do Rio. Na segunda-feira (26), enquanto trabalhava, ela teve uma crise de asma e foi atrás de atendimento médico no Centro Municipal de Saúde Heitor Beltrão (Clínica da Família da Tijuca), na Rua Desembargador Izidro, no mesmo bairro. Após passar por triagem, ela descobriu que o posto médico, administrado pelo Município, não oferece mais a nebulização de oxigênio como tratamento.
Por ser portadora de asma crônica, Fabiane já recorreu à oxigenoterapia em outras ocasiões. Ela relatou a O DIA que ficou surpresa com a falta da medicação na unidade.
"As técnicas me levaram para triagem e falaram que minha pressão estava normal e que minha oxigenação estava normal. Eu falei que estava com falta de ar há um tempo e que isso estava me deixando sem força nas pernas. Falei que há anos fazia nebulização de oxigênio e fui informada pela técnica que não se trabalhava mais com nebulização de oxigênio e que eram puffs. Não existe isso: tratar asma como se fosse bronquite. Eu tenho asma crônica", desabafou.
A nebulização é um tipo de procedimento que utiliza a inalação de vapores como via medicamentosa. Tal método é amplamente indicado no tratamento de problemas respiratórios agudos e crônicos de diversas origens, incluindo a asma. Sem o procedimento disponível, ela usou o puff, uma espécie de bombinha, que aliviou pouco a falta de ar.
Insatisfeita com o tratamento na Clínica da Família, ela procurou ajuda na UPA da Tijuca, na Rua Conde de Bonfim, s/n. Mas, segundo a professora, o local, gerido pelo Estado, também não oferece mais a nebulização. Sem escolhas, Fabiane submeteu-se outra vez ao puff. Além disso, ela, sem saber, ingeriu uma medicação da qual era alérgica.
"Na UPA fui atendida, passei pela triagem e falei que tinha alergia a aminofilina (atua como broncodilatador, causando o relaxamento dos brônquios e dos vasos pulmonares). Minha asma não pode ser controlada com aminofilina, não acaba com a crise e me deixa transtornada. Quando acabei de fazer o puff, voltei ao médico e falei que estava tonta, grogue e que seguia com asma. Aí ele disse que ia mandar eu fazer outra de aminofilina. Eu reforcei que tinha alergia. Estou até hoje (quarta) tonta e cansada", acrescentou.
Em recuperação, Fabiane ficará de licença médica durante essa semana. Ela contou que, se não estiver 100% até segunda, não sabe o que vai fazer. "Continuo com crise de asma, estou cansada ainda. Não estou como estava há dois dias, algum remédio deve estar fazendo efeito, mas não está fácil", disse.
Por ser portadora de asma crônica, Fabiane já recorreu à oxigenoterapia em outras ocasiões. Ela relatou a O DIA que ficou surpresa com a falta da medicação na unidade.
"As técnicas me levaram para triagem e falaram que minha pressão estava normal e que minha oxigenação estava normal. Eu falei que estava com falta de ar há um tempo e que isso estava me deixando sem força nas pernas. Falei que há anos fazia nebulização de oxigênio e fui informada pela técnica que não se trabalhava mais com nebulização de oxigênio e que eram puffs. Não existe isso: tratar asma como se fosse bronquite. Eu tenho asma crônica", desabafou.
A nebulização é um tipo de procedimento que utiliza a inalação de vapores como via medicamentosa. Tal método é amplamente indicado no tratamento de problemas respiratórios agudos e crônicos de diversas origens, incluindo a asma. Sem o procedimento disponível, ela usou o puff, uma espécie de bombinha, que aliviou pouco a falta de ar.
Insatisfeita com o tratamento na Clínica da Família, ela procurou ajuda na UPA da Tijuca, na Rua Conde de Bonfim, s/n. Mas, segundo a professora, o local, gerido pelo Estado, também não oferece mais a nebulização. Sem escolhas, Fabiane submeteu-se outra vez ao puff. Além disso, ela, sem saber, ingeriu uma medicação da qual era alérgica.
"Na UPA fui atendida, passei pela triagem e falei que tinha alergia a aminofilina (atua como broncodilatador, causando o relaxamento dos brônquios e dos vasos pulmonares). Minha asma não pode ser controlada com aminofilina, não acaba com a crise e me deixa transtornada. Quando acabei de fazer o puff, voltei ao médico e falei que estava tonta, grogue e que seguia com asma. Aí ele disse que ia mandar eu fazer outra de aminofilina. Eu reforcei que tinha alergia. Estou até hoje (quarta) tonta e cansada", acrescentou.
Em recuperação, Fabiane ficará de licença médica durante essa semana. Ela contou que, se não estiver 100% até segunda, não sabe o que vai fazer. "Continuo com crise de asma, estou cansada ainda. Não estou como estava há dois dias, algum remédio deve estar fazendo efeito, mas não está fácil", disse.
SMS se manifesta
A direção do Centro Municipal de Saúde Heitor Beltrão informou que a paciente "foi atendida pela unidade nesta terça-feira (27) e recebeu todos os cuidados indicados para o seu caso conforme a gravidade do quadro apresentado, tendo sido medicada de acordo com o protocolo de tratamento da asma. Em avaliação clínica, a paciente não apresentou necessidade de nebulização".
Ainda de acordo com a unidade de saúde, Fabiane "é acompanhada pela equipe de saúde da família, que manterá contato com ela para o monitoramento do caso. A equipe médica está à disposição para mais esclarecimentos."
O DIA também questionou Secretaria Estadual de Saúde (SES) sobre a falta de nebulizadores de oxigênio, mas não obteve respostas até o momento. O espaço está aberto para eventuais manifestações.
O DIA também questionou Secretaria Estadual de Saúde (SES) sobre a falta de nebulizadores de oxigênio, mas não obteve respostas até o momento. O espaço está aberto para eventuais manifestações.
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