Mecânico Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, é suspeito de dar cabo de Cobalt usado no crimeReprodução
Publicado 28/02/2024 20:21
Rio - O mecânico Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como 'Orelha', foi preso nesta quarta-feira (28), sob a suspeita de ter ajudado Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, apontados como assassinos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, por destruir o carro GM Cobalt usado no crime a fim de que não restassem provas. A prisão foi realizada em uma ação conjunta da Polícia Federal e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco-MPRJ).
'Orelha' foi conduzido à Superintendência Regional da PF, na Praça Mauá, para as formalidades da prisão judicial. Posteriormente, ele será encaminhado ao sistema prisional e ficará à disposição da Justiça.
Segundo a delação premiada de Élcio, o mecânico foi acionado pelo ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, em 16 de março de 2018, com a missão de livrar do veículo. Investigações dão conta que o automóvel foi destruído em um desmanche no Morro da Pedreira, na Zona Norte do Rio. O Cobalt teria sido entregue a 'Orelha' em uma praça na Avenida dos Italianos, em Rocha Miranda.

Ainda de acordo com Élcio, Orelha tinha uma agência de automóveis e já tinha sido dono de um ferro velho. Assim, ele tinha contato com pessoas que possuem peças de carros. Foram os próprios executores do crime que, dois dias depois da emboscada, levaram Orelha até o local onde estava o veículo.
Linha de investigação
Uma das linhas de investigação da Polícia Federal apura se a morte de Marielle Franco, em 14 de março de 2018, tem relação com uma disputa por terrenos na Zona Oeste do Rio. A informação estaria na suposta delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, que também teria delatado Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE), como mandante do crime.
Em depoimento, Lessa teria informado que Marielle virou alvo depois de defender a ocupação de terrenos por pessoas de baixa renda e que o processo fosse acompanhado por órgãos como o Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio e o Núcleo de Terra e Habitação, da Defensoria Pública do Rio.
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