Publicado 04/03/2024 06:25
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) manteve a prisão preventiva do mecânico Edilson Barbosa dos Santos, o Orelha, em audiência de custódia realizada no último sábado (2). Ele é suspeito de ter ajudado Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, apontados como assassinos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, a se desfazerem do carro GM Cobalt usado no crime, a fim de que não restassem provas.
Orelha foi preso na última quarta-feira (28), em Duque de Caxias, durante uma ação da Polícia Federal e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio (MPRJ).
Delação premiada citou Orelha
Segundo a delação premiada de Élcio, o mecânico foi acionado pelo ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, em 16 de março de 2018, com a missão de livrar do veículo. Investigações dão conta que o automóvel foi destruído em um desmanche no Morro da Pedreira, na Zona Norte do Rio. O Cobalt teria sido entregue a 'Orelha' em uma praça na Avenida dos Italianos, em Rocha Miranda.
Ainda de acordo com Élcio, Orelha tinha uma agência de automóveis e já tinha sido dono de um ferro velho. Assim, ele tinha contato com pessoas que possuem peças de carros. Foram os próprios executores do crime que, dois dias depois da emboscada, levaram Orelha até o local onde estava o veículo.
Ainda de acordo com Élcio, Orelha tinha uma agência de automóveis e já tinha sido dono de um ferro velho. Assim, ele tinha contato com pessoas que possuem peças de carros. Foram os próprios executores do crime que, dois dias depois da emboscada, levaram Orelha até o local onde estava o veículo.
Linha de investigação
Uma das linhas de investigação da Polícia Federal apura se a morte de Marielle Franco, em 14 de março de 2018, tem relação com uma disputa por terrenos na Zona Oeste do Rio. A informação estaria na suposta delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, que também teria delatado Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE), como mandante do crime.
Em depoimento, Lessa teria informado que Marielle virou alvo depois de defender a ocupação de terrenos por pessoas de baixa renda e que o processo fosse acompanhado por órgãos como o Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio e o Núcleo de Terra e Habitação, da Defensoria Pública do Rio.
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