Ericles Mello morreu após ser baleado neste sábado (2) em MaricáReprodução
Publicado 04/03/2024 17:40 | Atualizado 04/03/2024 19:25
Rio - Ericles Menezes Mello, de 26 anos, morreu depois de ser baleado, na noite de sábado (2), durante uma briga em Maricá, na Região Metropolitana do Rio. A vítima se envolveu em uma discussão com André Luiz Ribeiro da Silva, que estava armado e também ficou ferido. O atirador foi preso em flagrante e está internado sob custódia em um hospital do município. Uma mulher também foi atingida por um disparo.
Segundo a Polícia Militar, agentes do 12º BPM (Niterói) realizavam patrulhamento de moto pela Estrada Real de Maricá, no bairro São José de Imbassaí, quando ouviram disparos e foram até a praça da Arena São José. Os policiais encontraram Ericles já morto e duas pessoas feridas. Um revólver com munições deflagradas e uma intacta foi encontrado e apreendido.
A briga teria acontecido porque André teria importunado uma conhecida de Ericles, que foi tirar satisfações e deu início a uma briga. No meio da luta corporal André sacou a arma e efetuou os disparos. Juliana Monerat, de 46 anos, que estava com Ericles, também foi atingida.
O suspeito e a mulher foram socorridos e encaminhados ao Hospital Municipal Doutor Che Guevara. Juliana, atingida na perna, recebeu alta. A Prefeitura de Maricá informou que André, atingido na cabeça e no tórax, permanece internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Seu estado de saúde é considerado estável.
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG). Segundo a Polícia Civil, André foi preso no hospital pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio, além de porte ilegal de arma de fogo com numeração suprimida. 
Enterro com homenagens
Ericles Mello foi sepultado na manhã desta segunda-feira (4) no Cemitério Municipal de Maricá. Familiares e amigos levaram balões brancos para soltar em sua homenagem. Durante o ato, os presentes bateram palmas para o jovem.
"Meu amigo, é com uma tristeza impossível de traduzir em palavras que lhe digo adeus para sempre! Meu coração chora sua partida e não existe consolo possível para tão grande dor. Você partiu de repente e meu mundo ficou sem cor. Sinto que foi um grande privilégio tê-lo conhecido e ter convivido com você. Me confortam todas as lembranças que guardo de você. Para sempre lembrarei e sentirei saudades suas. Até sempre e descanse em paz amigo. Obrigada por tudo que você fez por mim", postou uma colega de trabalho nas redes sociais.
A vítima era funcionário da Autarquia de Serviços de Obras de Maricá (Somar) e integrava a equipe do Conserv São José 2. "Deixamos aqui a nossa solidariedade aos familiares e amigos, e expressamos nossas mais sinceras condolências pela perda", disse o órgão.
Prisão preventiva
Nesta segunda-feira (4), o juiz Rafael de Almeida Rezende, da Central de Audiência de Custódia, converteu a prisão em flagrante de André para preventiva. O magistrado justificou a sua decisão alegando que a gravidade do crime mostra como o suspeito é perigoso.
"A gravidade em concreto do delito revela a periculosidade do custodiado e a necessidade da prisão preventiva para resguardar a ordem pública. Salienta-se que o custodiado, após uma discussão, efetuou diversos disparos de arma de fogo em local público contra a vítima fatal Ericles e também atingiu a vítima Juliana, que havia tentado defender o marido", escreveu o juiz em sua decisão.
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