Publicado 20/03/2024 19:45
Rio - Durante o mês de março, Marielle Franco, Cláudia Ferreira e Alessandra Makkeda foram homenageadas na Câmara Municipal como parte do projeto '21 dias de ativismo contra o racismo'. A iniciativa, promovida pela vereadora Mônica Cunha (Psol), reuniu mulheres negras, ativistas e parlamentares para debater o enfrentamento do racismo no sistema de Justiça e homenagear figuras que se tornaram símbolos de luta. A família de Alessandra também recebeu a medalha Chiquinha Gonzaga em memória da ativista.
"O Brasil passou por uma série de rupturas institucionais ao longo da sua formação, e escolheu lidar com as cicatrizes abertas no passado com o esquecimento. Nós jamais vamos esquecer nem deixar de exigir justiça para aquelas que foram fundamentais para ampliar nossa compreensão de luta por justiça", afirma Mônica.
O pai de Marielle Franco, Antonio Francisco da Silva Neto, esteve presente na reunião e falou sobre a importância de ter mulheres negras no parlamento carioca e não esquecer de pedir por justiça por outros casos também não solucionados. “Eu espero que quando houver um júri para o nosso caso tenha um desfecho melhor. Peço que todos que estão aqui continuem pedindo justiça por Cláudia Ferreira e Johnatha, filho da Ana Paula. Não vamos esquecer, jamais!”, disse.
A vereadora também lembrou o assassinato de Cláudia Ferreira e o resultado inocentando os PMs. “O que aconteceu com Cláudia não pode se repetir. Essa decisão abre precedente para que outras pessoas entendam que a impunidade está às portas. Pois, jamais vamos esquecer nem deixar de exigir justiça para aquelas que foram fundamentais para ampliar nossa compreensão de luta por justiça”, afirmou a vereadora.
A família da ativista Alessandra Makkeda também foi homenageada ‘In Memoriam’ com a medalha Chiquinha Gonzaga. A entrega foi feita à avó Alair Inácio da Silva e à irmã Adriana.
A Medalha Chiquinha Gonzaga foi criada para homenagear personalidades femininas que reconhecidamente tenham se destacado em prol das causas democráticas, humanitárias, artísticas e culturais.
Alessandra ficou conhecida por sua contribuição na luta por direitos pelo movimento LGBTQIA+. Além disso, ela fundou o Grupo Arco-Íris e o Instituto Transformar Shelida Ayana, que atuam no combate à LGBTfobia.
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