Sandro e Cláudia foram pela primeira vez à missa de Páscoa na Catedral de São Sebastião do Rio de JaneiroPedro Ivo
Publicado 31/03/2024 14:06
Rio - A Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro, no Centro, reuniu dezenas de fiéis para a missa de Páscoa, na manhã deste domingo (31). Cariocas e turistas aproveitaram o dia para conhecer, revisitar e acompanhar na igreja os festejos da data, que é considerada a mais importante do ano para os cristãos, por celebrar a ressurreição de Jesus Cristo. 
Com o dia ensolarado, pouco antes do início da missa, turistas de diferentes nacionalidades passaram pela catedral para fotografar um dos mais importantes pontos turísticos da cidade do Rio. A solenidade teve início às 10h e foi celebrada pelo arcebispo da Arquidiocese do Rio, Dom Orani Tempesta. Durante a homília, o cardeal falou aos fiéis que a missão deles como cristãos é levar a fé e os ensinamentos de Jesus Cristo para os conflitos e dificuldades da sociedade. 
"O mundo de hoje, a nossa cidade, necessita desse testemunho, de homens e mulheres animados pela ação do Espírito Santo, que evangelizem cada vez mais, anunciando o Cristo ressuscitado (...) Nós somos chamados a levar essa luz de Cristo, a ser sinais dessa luz de Cristo para toda a sociedade. Páscoa, meus irmãos e irmãs, é olhar os lugares ainda na escuridão na sociedade, de muita violência, de muitas situações difíceis. Nós somos enviados para que a nossa missão não seja uma bolha fechada em nós mesmos, mas uma presença iluminadora nas escuridões do mundo", disse o arcebispo. 
Dia de união e família
O jornalista Sandro Miranda, de 40 anos, foi com a esposa, Cláudia Miranda, 33, para a missa de Páscoa. Ele contou que a farmacêutica é natural de São Paulo e ainda não conhecia a igreja e, por isso, aproveitou a data especial para levá-la ao local. "Essa catedral é um lugar muito especial, o papa já esteve aqui, tem todo um simbolismo. Para a gente, é um momento de harmonia, de refletir sobra a religião, sobre como o ser humano encara a vida e de agradecer, também, pela vida que Jesus nos proporcionou". 
Já Cláudia aproveitou a visita para pedir união entre as pessoas. "O fim de todas essas guerras e mais amor no coração de todo mundo, é o que a gente sempre espera. Jesus deu a vida para a gente e a gente continua com essas guerras, em pleno 2024. Que as pessoas tenham mais amor, mais tolerância, mais respeito e mais paz no coração".
Frequentadora da Catedral Metropolitana, a dona de casa Liana Ribeiro, de 40 anos, diz que a Páscoa é um momento de celebrar a ressurreição de Jesus junto com familiares. Acompanhada do marido, Ilvaim Ribeiro, 45, da filha Valentina, 3, da amiga Maria Pauliana, 32, e da afilhada Rayssa Alves, 20, ela afirmou ainda esperar que a data leve paz a todos os lares. 
"A gente sempre vem às missas na catedral, porque moramos aqui próximo. Estamos participando do tríduo pascal nesses últimos dias e hoje estamos juntos em família para estarmos presentes nesse momento. A Páscoa é família, é ressurreição de Cristo, é um dia muito importante, porque a gente sabe que Cristo deu a vida por nós e curou todas as nossas feridas. Hoje é dia de comemorar a ressurreição de Cristo e saber que ele está presente em todos nós, nas nossas famílias, na igreja, em todo mundo. Eu desejo a paz mundial e que Cristo se faça presente em todas as casas, em todas as famílias e no mundo inteiro", declarou Liana.
Amigas há 40 anos, Neide Fernandes Barros, de 82 anos, e Ruth Azedo Moreira, 79, se conheceram na Paróquia Divino Espírito Santo São João Batista, no Maracanã, na Zona Norte. Elas contam que a fé fortaleceu a amizade delas, que decidiram ir à celebração na catedral do Rio para prestigiar o antigo padre da igreja que frequentam, presente na missa. A dupla desejou que a Páscoa traga amor e paz para a humanidade. "É a ressurreição de Jesus e a gente deseja muito amor para as pessoas, neste momento que a gente está passando de turbulências e muita paz para todos, o mundo está precisando muito", disseram. 
Além dos chocolates
Na catedral, famílias contaram que decidiram levar os filhos à missa, para que as crianças entendam o verdadeiro significado da Páscoa, para além dos ovos, bomboms e chocolates, desde novos. A empresária Valmira da Silva Gomes, de 45 anos, falou sobre a importância da celebração como forma de renovação da vida para o pequeno Arthur, de 8 anos.
"Eu venho de vez em quando à missa na catedral, mas hoje é um dia especial. A Páscoa é tudo para mim, é ressurreição de Cristo, é renovação, vida nova e tudo de bom. Para o meu filho, esse dia passa a mensagem de que não é só ganhar ovos de Páscoa, mas que Cristo vive todos os dias em nossas vidas. Eu desejo muita paz, as pessoas estão precisando de muito amor no coração e ajudar o próximo, que é de suma importância. Que todas as pessoas tenham paz no coração", disse Valmira. 
O bombeiro militar Leonardo Reis e a esposa Patrícia Reis, também pretendem levar a mesma mensagem para os filhos Gabriel, Felipe, Catarina, Clara e Leonardo. "A Páscoa é a ressurreição de Jesus para nós, é o dia mais importante das nossas vidas. Nós já estamos passando os ensinamentos, eles já estão inseridos na paixão de Cristo e na ressurreição, já sabem o significado por trás de tudo. A Páscoa é o dia mais importante para o católico, é o sentido da nossa vida, para que todos possam viver esse mistério". 
Igreja evangélica realiza Auto de Páscoa na Zona Sul
Ainda neste domingo, a Comunidade Evangélica Internacional Zona Sul (CEIZS) promove gratuitamente o espetáculo "Auto de Páscoa", contando a história da morte e ressureição de Jesus Cristo, pelas ruas do Catete, Flamengo e Glória, na Zona Sul. A concentração está marcada para às 16h, no Largo do Machado, e a classificação é livre. Cerca de 120 pessoas, entre atores e figurantes, compõem o elenco, que também vai encenar alguns dos milagres mais conhecidos da história bíblica.  
"Um dos momentos mais fortes na peça para mim, é a cena da flagelação de Jesus. Ali vejo pessoas de várias idades, comovidas pelo sofrimento que Jesus passou", contou o ator pernambucano Marcio Sam, que interpreta Jesus desde 2018. "Para mim, participar desta encenação é uma oportunidade de mergulhar mais profundamente na minha própria jornada espiritual, de compartilhar minha fé com os outros e de contribuir para a disseminação da mensagem de esperança e amor que o sacrifício de Jesus representa", disse o pastor Eduardo Perdigão, que também atua no espetáculo. 
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