Agressão ocorreu na unidade de Marechal Hermes, na Zona NorteReprodução
Publicado 02/04/2024 08:36
Rio - Um aluno da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) foi agredido a pedradas por outra estudante durante uma discussão no intervalo, no último dia 25, na unidade de Marechal Hermes, Zona Norte do Rio. Informações preliminares apontam que a briga teve início durante uma partida de vôlei. A bola teria atingido a aluna, que ficou irritada e agrediu o colega. 
Em imagens feitas por outros alunos, o menino aparece sendo agredido com a pedra no rosto diversas vezes. Ainda no vídeo, é possível ver que os amigos do menino ajudam a estancar o sangue com um casaco.


Após a briga, a instituição entrou em contato com os pais do aluno, que foi levado para a UPA de Marechal Hermes. No entanto, segundo a família, não havia pediatra na unidade. Então, ele foi encaminhado ao Hospital Pasteur, no Méier, onde precisou levar pontos na cabeça. O adolescente ainda está com hematomas no rosto e cortes na boca. 
A família alega que não havia monitores no momento da briga. Segundo a mãe do menino, Danielle Schuindt, os alunos sempre ficam nos intervalos sem supervisão. "Não havia nenhum vigilante para auxiliar, os próprios alunos que separaram enquanto alguns gravavam. Quando questionei isso, a resposta que tive é que são vigilantes patrimoniais, não tem monitores no campus para dar suporte ao ensino Fundamental. Como assim? São vidas, deixamos nosso bem maior dentro da escola e assim que recebo meu filho, se não fossem os alunos do ensino médio separando, como meu filho estaria ou não estaria?", escreveu em uma publicação nas redes sociais.
Em nota, a Faetec informou que os dois alunos envolvidos no ocorrido são assistidos pela Sala de Recursos Multifuncionais da unidade, que oferece atendimento educacional especializado a estudantes com deficiências ou transtornos. A instituição disse, ainda, que a situação foi encaminhada imediatamente para o Serviço Social da Faetec e para o Conselho Tutelar da região. Todas as queixas de bullying foram apuradas e os responsáveis foram convocados, sendo realizada conciliação das partes envolvidas. A aluna foi transferida para outra unidade.

"A escola vem trabalhando o tema a respeito nas relações humanas por meio de atividades pedagógicas, como a realização de rodas de conversas com alunos e confecção de cartazes, reforçando sempre as condutas de respeito e a inclusão", diz trecho da nota.
Após a transferência da aluna, a Faetec afirma que aproveitou para potencializar junto aos responsáveis a necessidade de seguir, conforme orientado, o tratamento indicado pelos especialistas da rede.
Em relação à falta de pediatra na UPA de Marechal Hermes, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que havia profissionais na unidade no dia do ocorrido.
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