Caso é investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG)Cleber Mendes / Agência O Dia
Publicado 09/04/2024 16:57 | Atualizado 09/04/2024 17:12
Rio - A família de Ademir Pereira Casanova, morto a facadas nesta terça-feira (9) em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, acredita que o crime pode ter relação com uma discussão entre a vítima e uma pessoa em situação de rua, neste sábado (6). Na ocasião, Ademir chegou a ser encaminhado à 82ª DP (Maricá) por suspeita de esfaquear o homem.
Casanova foi assassinado dentro de uma residência na Rua Ari Spindola, no Centro. Segundo a Polícia Militar, agentes do 12º BPM (Niterói) foram acionados para uma ocorrência de homicídio na região. Ao chegar no local, a equipe encontrou a vítima morta e a área foi preservada até a chegada da perícia.
Segundo informações, homens invadiram a casa onde Ademir estava e o esfaquearam. O crime teria acontecido na frente de uma mulher com quem ele se relacionava. 
Confusão no sábado
Ao DIA, um irmão de Ademir disse que ele se envolveu em uma confusão com uma pessoa em situação de rua no sábado, esfaqueando-a durante a briga. O homem foi levado à 82ª DP (Maricá) para prestar depoimento após ser abordado por guardas municipais. Segundo o irmão, os crimes podem estar relacionados.
"O que aconteceu foi que no sábado ele teria entrado em uma confusão com um suposto morador de rua e parece que ele deu uma facada no braço desse homem. Ele foi preso e ficou algumas horas na delegacia. Ele disse que esse rapaz entrou em uma briga de rua, se não me engano, e ele se defendeu acertando a faca no braço dele. O morador de rua foi pro hospital. Logo em seguida, eles foram liberados. Hoje, a casa dele foi invadida. Nós não sabemos se foram traficantes ou o mesmo morador de rua mas, se juntarem os casos, podem estar ligados. Aí veio acontecer essa fatalidade, dele vir a óbito dentro de casa", contou o familiar. 
O irmão completou que a família não tem dinheiro para liberar o corpo, que foi encaminhado pelos bombeiros para o Instituto Médico Legal (IML) de Niterói, também na Região Metropolitana. 
"Não temos nem dinheiro de passagem pra ir ver o corpo. Meu pai também está doente, então fica tudo complicado. Nós pagávamos até um plano funerário, mas desde dezembro não pagamos mais porque o benefício da minha mãe foi cortado e por isso não está dando para pagar", completou.
O DIA apurou que Ademir também já foi uma pessoa em situação de rua. Ele chegou a ser acompanhado pela Secretaria Municipal de Assistência Social neste ano e frequentou o espaço de acolhimento que o município oferece.
A morte do homem é investigada pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG). De acordo com a Polícia Civil, a perícia foi realizada na casa onde ele foi morto e a investigação segue para identificar a autoria e esclarecer a motivação do crime.
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