Publicado 13/04/2024 09:28 | Atualizado 14/04/2024 12:17
Rio - O mestre de bateria da escola de samba Acadêmicos do Anil, Paulo Silva Vieira de Araújo, conhecido como Paulão, de 59 anos, foi morto a tiros, na noite desta sexta-feira (12), no Anil, Zona Oeste do Rio.
Segundo a Polícia Militar, uma equipe do 18º BPM (Jacarepaguá) foi acionada para o caso, na Rua Soldado Mario Korcel Filho, e já encontrou a vítima sem vida. Duas pessoas ainda ficaram feridas na ação.
Os baleados, que passavam pelo local no momento do ataque, foram identificados como Francisco da Silva, de 66, e Claudia M. da Silva, 48. Os dois foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e levados para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca.
O local onde o ataque a tiros aconteceu foi isolado. Agentes da Divisão de Homicídios da Capital foram acionados para a perícia.
Trajetória
Conhecido no meio do samba, Paulão foi por muitos anos mestre de bateria da Renascer de Jacarepaguá, que desfile na Série Prata, onde permaneceu por mais tempo. Nas redes sociais, o perfil dedicado aos ritmistas da agremiação lamentou a morte do antigo líder.
"Todos recebemos muito chocados a notícia da partida desse grande colaborador do samba, personagem importante na história da Renascer de Jacarepaguá. Líder e grande regente por muito tempo da Bateria Explosiva (batizada pelo mesmo) e hoje chamada de Bateria Guerreira: Mestre Paulão. Sua passagem em nossa bateria foi sempre com alegria, entusiasmo e dedicação", dizia mensagem publicada no Facebook.
O intérprete Leonardo Bessa, atualmente na Unidos da Ponte, também lamentou. "É uma perda enorme, e sentimos muitíssimo. Paulão foi nosso mestre por muitos anos e com certeza ajudou muito a Renascer. Lamento muito essa situação de violência que está cada vez mais incontrolável no nosso estado", disse Bessa, que também já defendeu a Renascer e o Salgueiro, entre outras agremiações.
Até o momento, não há informações sobre o horário e local de sepultamento do mestre Paulão.
A região do Anil é uma das mais perigosas da cidade. Nos últimos anos, o bairro, que fica na Grande Jacarepaguá, vem enfrentando uma guerra entre milicianos e traficantes.
Em nota, a Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) realizou perícia e investiga a autoria, bem como as possíveis motivações do ataque. Nenhuma hipótese, por exemplo, foi divulgada.
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