Publicado 16/04/2024 18:05 | Atualizado 16/04/2024 19:36
Rio – O Disque Denúncia divulgou, nesta terça-feira (16), um cartaz para ajudar nas buscas de membros da quadrilha que aplicava o "Golpe da Bienal do Livro". Segundo as investigações, a família de estelionatários já fez mais de 40 vítimas e arrecadou cerca de R$ 200 mil.
Os procurados são:
- Diogo Lázaro Corrêa Bomfim, de 41 anos, e Michele Aparecida Silvério, de 46: apontados como os chefes da organização criminosa, eles utilizavam empresas para dar legalidade às ações.
- Bárbara Gabriele Machado Velho, de 25 anos: irmã de Diogo, ela era responsável pela equipe externa de falsas vendedoras.
- Nathalia Cristina de Campo, de 40 anos, e Emily Amancio Lira Pereira, de 23 anos: formavam a dupla de falsas vendedoras.
Ainda no grupo estão Pablo Barboza da Silva, responsável pelo pagamento nas máquinas de cartão, e o motorista Reginaldo Vieira Rocha. Os dois foram presos por agentes da 77ª DP nesta terça-feira (16).
Denuncie a localização dos foragidos através dos números 2253-1177 ou 0300-253-1177. O aplicativo do Disque Denúncia também pode ser utilizado. O anonimato é garantido.
Como o golpe era aplicado
De acordo com a polícia, o grupo de sete pessoas se dividia para aplicar os golpes. As 'vendedoras' abordavam pedestres se passando por representantes da Bienal do Livro e ofereciam a assinatura de revistas por um valor baixo, parcelado em várias vezes.
Depois, uma terceira pessoa fazia o pagamento, inserindo valores diversos, geralmente 10 ou 12 vezes. Dessa forma, as vítimas só descobriam o golpe ao olhar a fatura do cartão.
Um dos casos aconteceu em outubro de 2023, no centro de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, onde uma vítima foi abordada pelas supostas representantes da Bienal. Elas faziam oferta de assinaturas de revistas pelo pagamento de 10 prestações mensais de R$ 6,90, ainda com direito a brinde, que foi entregue no ato.
Em um primeiro momento, uma das mulheres informou que não conseguiu finalizar o pagamento, e realizou uma nova operação, em outra máquina, não fornecendo qualquer comprovante, alegando que estava sem bobina de papel.
Somente depois, ao verificar o extrato bancário, a vítima percebeu que seu cartão foi usado para duas compras indevidas, uma no valor de R$ 1.399,90, em 10 prestações de R$ 139,99, e outra de R$ 699,90, igualmente parcelada.
O que diz a Bienal?
Procurada, a Bienal International do Livro do Rio de Janeiro, maior evento de cultura e entretenimento do Brasil e Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Rio, informou que repudia o uso de sua marca por criminosos e espera que os responsáveis sejam punidos.
"É importante deixar claro, a fim de evitar que outras pessoas sejam enganadas, que a Bienal do Livro Rio não comercializa assinaturas de livros ou revistas e tampouco conta com representantes comerciais para oferecer produtos ou serviços à população", disse.
Ainda em comunicado, a Bienal reforçou que toda comunicação com seu público é feita pelos canais oficiais.
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