Gripe, bronquiolite e covid-19 tem sintomas semelhantesPixabay
Publicado 22/04/2024 13:02
Rio - Um levantamento do Centro de Inteligência em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (SES) apontou que, em um intervalo de três semanas, o número de solicitações por leitos para bronquiolite aumentou em quase 6 vezes. O número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças e adolescentes por outras causas também aumentou, passando de 228 para 366 registros no mesmo período.

Na semana epidemiológica 11, que foi do dia dez ao dia 16 de março, foram registrados 16 pedidos por leitos para bronquiolite. Já na semana epidemiológica 15, correspondente ao período entre o dia sete e 13 de abril, o levantamento registrou 94 pedidos.

Segundo a SES, é importante ficar atento aos sintomas da bronquiolite, que é mais comum em crianças menores, de até os dois anos de vida, e pode se tornar grave em pouco tempo se não tratada corretamente. Os sintomas mais comuns são coriza, tosse leve, febre persistente, respiração acelerada e com dificuldade e fadiga.

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A pasta também ressaltou que a imunização contra a Influenza impacta positivamente na contenção dos casos da doença. O principal agente infeccioso da bronquiolite é o vírus sincicial respiratório (VSR), mas ainda não há vacina disponível para crianças.
Cerca de 2,5 milhões de doses de imunizante contra a gripe foram disponibilizadas aos 92 municípios fluminenses para serem aplicadas nas unidades de saúde. A campanha de vacinação contra a gripe começou em 25 de março e vai até o dia 31 de maio, tendo como meta atingir 90% de cobertura vacinal dos grupos prioritários, o que corresponde a 6,7 milhões de pessoas no estado do Rio. Até a última sexta-feira (19), haviam sido registradas 1.141028 aplicações da vacina, com cobertura de 16,17% dos grupos prioritários. No ano passado, o patamar ficou em 45%.

Como medida preventiva, a SES ampliou a capacidade do Hospital Regional do Médio Paraíba Dra. Zilda Arns Neumann, em Volta Redonda, de 20 para 30 leitos de UTI pediátrica, podendo chegar a 40 conforme aumento dos casos. A secretaria alerta para que haja o cuidado com a hidratação e que os responsáveis procurem um médico para avaliar a administração de medicamentos.

“Esse monitoramento é uma das medidas mais eficientes do CIS-RJ, capaz de nos evidenciar piora e melhora dos cenários rapidamente. Desta forma, ampliamos imediatamente a capacidade do Hospital Zilda Arns e, caso haja necessidade, vamos abrir leitos em outras unidades”, disse a secretária de Estado de Saúde do Rio, Claudia Mello.
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