Publicado 09/05/2024 16:02 | Atualizado 09/05/2024 18:35
Rio - A Escola Técnica Vencer, em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio, informou na tarde desta quinta-feira (9) que afastou a aluna acusada de proferir injúrias racistas contra a estudante de técnica em Farmácia Larissa Caroline, de 21 anos. A vítima denunciou que vem sofrendo os ataques há pelo menos um ano e fez o registro de ocorrência na 21ª DP (Bonsucesso).
A instituição acrescentou que a autora ficará afastada até o final da sindicância interna aberta para apurar os fatos. A Escola Técnica Vencer se comprometeu a apresentar os dados da autora das ofensas à polícia até sexta-feira (10).
PublicidadeA instituição acrescentou que a autora ficará afastada até o final da sindicância interna aberta para apurar os fatos. A Escola Técnica Vencer se comprometeu a apresentar os dados da autora das ofensas à polícia até sexta-feira (10).
A vítima, no entanto, lamenta não se sentir confortável para retomar os estudos na unidade. Ela diz que a instituição só tomou providências após a repercussão midiática do caso e que já havia procurado a direção em busca de apoio. Nesta quinta-feira (9), Larissa esteve na 21ª DP (Bonsucesso) para receber atualizações das investigações.
"Quando cheguei, fui informada que a Polícia Civil já tinha comparecido ao curso, pegado todos os dados da aluna e prosseguido com o ocorrido. Agora, é só acompanhar o caso e esperar", comentou ao DIA.
Em um primeiro momento a escola alegou que as agressões aconteceram por meio de redes sociais, mas a jovem afirma que também foi chamada de "macaca" dentro da sala de aula. As ofensas racistas, segundo Larissa, não cessaram desde que ingressou na turma, há cerca de um ano. A vítima conta que demorou para denunciar o caso porque a autora também é negra.
Em um primeiro momento a escola alegou que as agressões aconteceram por meio de redes sociais, mas a jovem afirma que também foi chamada de "macaca" dentro da sala de aula. As ofensas racistas, segundo Larissa, não cessaram desde que ingressou na turma, há cerca de um ano. A vítima conta que demorou para denunciar o caso porque a autora também é negra.
Em um grupo de redes sociais, a colega teria enviado outra mensagem de cunho racista: "Essa macaca está se chegando a todo mundo do nosso grupo. Ela não me desce e não pretendo aceitá-la no meu convívio de modo que, quando vocês estiverem próximos dela ou ela se meter no nosso meio, eu automaticamente me afastarei".
Em nota, a Polícia Civil informou que a investigação está em andamento e a autora será ouvida pelos agentes, que também vão analisar as imagens.
Confira a nota completa da unidade de ensino:
"A Escola Técnica Vencer reitera seu repúdio a quaisquer atos de discriminação e injúrias raciais, reforçando seu compromisso com a promoção de um ambiente escolar inclusivo e respeitoso. Informamos que uma sindicância interna está em curso para apurar os fatos, e a aluna acusada de proferir as injúrias foi afastada de suas atividades educacionais até decisão final do procedimento interno instaurado. No intuito de colaborarmos com a Polícia Civil em suas investigações, apresentaremos até amanhã os dados cadastrais da aluna acusada, demonstrando nossa total cooperação com as autoridades.
Reiteramos nosso apoio à aluna ofendida e à sua família, e convocamos a comunidade escolar a unir-se contra o racismo e qualquer forma de discriminação".
Em nota, a Polícia Civil informou que a investigação está em andamento e a autora será ouvida pelos agentes, que também vão analisar as imagens.
Confira a nota completa da unidade de ensino:
"A Escola Técnica Vencer reitera seu repúdio a quaisquer atos de discriminação e injúrias raciais, reforçando seu compromisso com a promoção de um ambiente escolar inclusivo e respeitoso. Informamos que uma sindicância interna está em curso para apurar os fatos, e a aluna acusada de proferir as injúrias foi afastada de suas atividades educacionais até decisão final do procedimento interno instaurado. No intuito de colaborarmos com a Polícia Civil em suas investigações, apresentaremos até amanhã os dados cadastrais da aluna acusada, demonstrando nossa total cooperação com as autoridades.
Reiteramos nosso apoio à aluna ofendida e à sua família, e convocamos a comunidade escolar a unir-se contra o racismo e qualquer forma de discriminação".
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