Publicado 21/05/2024 21:45 | Atualizado 22/05/2024 08:15
Rio - Morreu, nesta terça-feira (21), o ativista e defensor dos direitos das pessoas LGBTQIA+, Eliseu Neto, aos 45 anos. A informação foi confirmada pelo partido Cidadania, no qual ele era filiado. Eliseu, que também era psicanalista, psicólogo e psicopedagogo, morreu no Rio de Janeiro, onde morava. O ativista foi diagnosticado com uma doença autoimune que demandava um tratamento caro.
PublicidadeHá pouco mais de uma semana, o ativista fez uma publicação pedindo ajuda financeira para tratar uma doença autoimune. Na ocasião, Eliseu disse que não estava mais conseguindo sair de casa e que precisava de sessões de fisioterapia.
Eliseu liderou iniciativas que resultaram em grandes conquistas para a comunidade LGBTQIA+, entre elas a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) no Supremo Tribunal Federal (STF), que resultou na criminalização da homofobia no Brasil, e o fim da proibição de doação de sangue por homosexuais.
"O Cidadania lamenta comunicar com profundo pesar a perda de forma precoce e irreparável do companheiro Eliseu Neto, psicanalista, psicólogo, ativista e psicopedagogo, esp. em Orientação Profissional e defensor dos direitos das pessoas LGBTQIA+ e presidente do Diversidade 23", anunciou a nota do perfil do X, antigo Twitter.
"O Cidadania lamenta comunicar com profundo pesar a perda de forma precoce e irreparável do companheiro Eliseu Neto, psicanalista, psicólogo, ativista e psicopedagogo, esp. em Orientação Profissional e defensor dos direitos das pessoas LGBTQIA+ e presidente do Diversidade 23", anunciou a nota do perfil do X, antigo Twitter.
Nas redes sociais, amigos do ativista lamentaram a morte dele. A cantora Daniela Mercury escreveu: "Sinto imensamente pela partida de Eliseu. Ele era muito querido e foi responsável por muitas conquistas de direitos LGBTQIA+ , inclusive a criminalização da homofobia. Mando minha solidariedade para a família e os amigos".
Erika Hilton, ativista e deputada federal pelo (PSOL/SP), também lamentou a morte. "Eliseu foi autor, professor universitário, liderança do Cidadania e responsável pela criminalização da LGBTFobia no STF. Aos seus amigos, familiares e aliados, meu pesar e meus sentimentos. Que sua memória siga viva na luta pela igualdade de direitos, pela não discriminação e pelo direito fundamental de ser e de amar".
A Coordenadoria da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio também publicou uma homenagem a Eliseu no perfil do X, antigo Twitter. "Em 2013, Eliseu foi chamado pela CDS-Rio para ser membro atuante do Comitê Carioca da Cidadania LGBT. Em 2016, articulou e trabalhou na redação da Lei Estadual de Homofobia do Estado do Rio de Janeiro. Nossos profundos sentimentos à toda família e amigos", escreveu a equipe.
O velório de Eliseu vai ser realizado nesta quarta-feira (22), às 13h30, na capela 8 do Crematório e cemitério vertical da Penitência, no Caju, Zona Norte do Rio. A cremação será às 16h30.
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