Publicado 22/05/2024 13:03
Rio - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, nesta segunda-feira (20), dois ex-policiais civis acusados de extorsão. Além dos agentes, outras duas pessoas também foram denunciadas. Segundo o MPRJ, a quadrilha, formada por delegados, policiais civis e militares, bombeiros, agentes penitenciários e informantes, identificava pessoas que estivessem fora da lei, simulava uma ação policial e exigia uma quantia muito alta em dinheiro para que os suspeitos não fossem detidos.
PublicidadeO grupo foi preso durante as duas fases da Operação Quarto Elemento, que já denunciou 48 pessoas por práticas de crimes como organização criminosa, corrupção, usurpação de função pública, concussão e peculato, além de extorsão. Para o Ministério Público, a quadrilha identificava pessoas que fossem "irregulares", seu potencial econômico e faziam uma operação contra elas, sempre com a intenção de pegá-las em flagrante cometendo algum tipo de crime.
Em seguida, eles ameaçavam e pediam propina. Além disso, os policiais também tomavam armas, produtos e mercadorias como pagamento. Segundo o MPRJ, em vez de autuá-los oficialmente, os agentes praticavam a extorsão.
A investigação identificou que qualquer pessoa que praticasse algo ilegal poderia ser vítima do bando. O MP identificou extorsão contra vendedores de mercadorias piratas, ambulantes, postos de gasolina, bingos, donos de veículos clonados e comerciantes em situação irregular.
Uma mulher que também foi denunciada trabalhava com a compra e venda de carros usados. Em um dos casos citados na denúncia, ela negociou dois veículos clonados, apreendidos durante uma ação policial. Segundo o Gaeco, a mulher sabia que os documentos apresentados estavam em nome de terceiros, e não em nome da pessoa que vendeu os carros, além de saber da procedência ilegal dos veículos.
De acordo com o MPRJ, o outro denunciado já é réu em um processo pela venda de veículos produtos de crimes em outras oportunidades. Na denúncia, consta que ele também seria proprietário de uma empresa de compra e venda de veículos clonados.
De acordo com o MPRJ, o outro denunciado já é réu em um processo pela venda de veículos produtos de crimes em outras oportunidades. Na denúncia, consta que ele também seria proprietário de uma empresa de compra e venda de veículos clonados.
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